O Tribunal Eleitoral do Brasil decidiu novamente que Bolsonaro é inelegível para ocupar cargos públicos

(Bloomberg) — A maioria dos juízes do Tribunal Supremo Eleitoral do Brasil votou a favor da declaração Inelegível para concorrer ou ocupar um cargo público pela segunda vez na terça-feira, o ex-presidente de direita foi considerado por ter abusado de seu poder durante as celebrações do Dia da Independência do ano passado.

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Cinco dos sete ministros do tribunal votaram pelo bloqueio de Bolsonaro, encerrando o julgamento. A decisão não se somará à proibição de oito anos imposta por Bolsonaro em junho, quando o mesmo tribunal decidiu que ele violou as leis eleitorais ao espalhar falsas alegações sobre o sistema de votação eletrónica do país durante uma reunião com embaixadores estrangeiros.

Mas colocará outro obstáculo entre ele e um possível retorno político. Mesmo que o recurso da primeira decisão seja bem-sucedido, a segunda proibição permanecerá em vigor.

Neste julgamento, o tribunal considerou alegações de que em 7 de setembro de 2022 – apenas um mês antes das eleições presidenciais – Bolsonaro utilizou deliberadamente as celebrações oficiais da independência na sua campanha eleitoral, constituindo um abuso do seu poder político e económico.

Os juízes do tribunal votaram no início de outubro pela absolvição de Bolsonaro em outro julgamento que analisou três casos distintos relacionados a alegações de que ele abusou de seu poder ao fazer campanha em palácios presidenciais no Brasil no ano passado, quando perdeu por pouco sua candidatura à reeleição para o presidente de esquerda Luiz. Inácio Lula. Da Silva.

No entanto, uma comissão de investigação sobre os distúrbios pós-eleitorais em Brasília neste mês também recomendou que Bolsonaro enfrentasse acusações criminais de planejar um golpe em resposta à sua derrota eleitoral.

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O relatório da comissão resultou de uma investigação de meses sobre a tentativa de insurreição de 8 de janeiro por parte de apoiantes de Bolsonaro que invadiram edifícios importantes do governo numa tentativa de minar a vitória de Lula.

O relatório apenas recomenda apresentar acusações às autoridades brasileiras, que decidirão se irão prosseguir com as acusações ou não.

O tribunal eleitoral ainda considera várias outras acusações contra Bolsonaro, que espalhou conspirações sobre fraude eleitoral e o sistema eleitoral ao longo das eleições do ano passado. O ex-capitão do Exército, de 68 anos, também enfrenta crescentes problemas jurídicos decorrentes de várias investigações que levantaram a possibilidade de sua prisão.

Bolsonaro negou qualquer irregularidade em todas as frentes.

(Adiciona contagem final de votos no segundo parágrafo)

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