O último sobrevivente do povo Juma no Brasil morreu de Covid-19.

Aruká Juma viu a tribo amazônica diminuir para poucos indivíduos durante sua vida.

Totalizando cerca de 15.000 no século 18, seu povo foi devastado por doenças e massacres sucessivos por seringueiros, madeireiros e mineiros. Estima-se que 100 permaneceram em 1943; O massacre de 1964 deixou apenas seis, entre eles.

Em 1999, com a morte de seu cunhado, o Sr. Juma, que, como muitos índios brasileiros, usava o nome de sua tribo como sobrenome, passou a ser a última menção aos remanescentes de Juma’a. A extinção da tribo foi confirmada.

O Sr. Jumaa morreu no dia 17 de fevereiro em um hospital em Pôrto Velho, capital do estado brasileiro de Rondônia. Acredita-se que ele tivesse entre 86 e 90 anos. Seu neto, Puri Juma Oro ou Wow Wow, disse que a causa era Covid-19.

Como o último falante fluente da língua da tribo, a morte do Sr. Juma’a significa que muitas das tradições e rituais da tribo serão perdidos para sempre.

Em 1998, em circunstâncias misteriosas, autoridades federais retiraram o Sr. Juma’a e sua família de suas terras e os mudaram para Rondônia na esperança de que se casassem com membros da tribo Oro ou Wau Wau, como forma de preservar parcialmente sua cultura.

Mas Gomaa suspeitou que a ação visava privar seus parentes de suas terras e pleitear a devolução deles, um processo que durou 14 anos.

Nesse ínterim, as três filhas do Sr. Juma’a se casaram com homens Oro ou Wau Wau. O Sr. Juma’a também tinha uma filha com um membro dessa tribo, Borobo Oro ou Wau Wau, de quem se separou em 2007. A primeira esposa do Sr. Juma’a, Mboriha, morreu em 1996.

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Os Juma voltaram às suas terras em 2012. O Sr. Juma ‘estava feliz, mas alguns dos maridos de suas filhas se recusaram a morar lá. Os netos, que só falam português, tiveram que voltar para Rondônia para estudar. O Sr. Jumaa, que não fala português, expressou sua frustração por não poder se comunicar com seus netos e ensinar-lhes as tradições das sextas-feiras.

“Hoje em dia, me sinto solitário e penso muito no passado quando éramos tantos”, disse ele ao fotógrafo Gabriel Uchida, que viveu entre as sessões de sexta e sexta-feira em 2016 e as filmou. artigo No site de cultura e estilo de vida Riscafaca.com. “Éramos muitos antes dos seringueiros e garimpeiros virem matar toda a gente da sexta-feira. Naquela época, a sexta-feira era feliz. Agora sou só eu.”

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