Ministério da Economia do Brasil rejeita regra de finanças da equipe de transição de Lula

SÃO PAULO (Reuters) – O Ministério da Economia do Brasil rejeitou neste domingo as garantias da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva de que o governo cessante havia deixado as finanças do governo “falidas”.

O Ministério da Economia informou em comunicado que a dívida total chegará a 74% do PIB até o final do ano, com superávit primário (excluindo custos da dívida) de 23,4 bilhões de riais, o primeiro desde 2013.

“Este será o primeiro governo a terminar seu mandato com índices de dívida mais baixos do que no início, já que a dívida atingiu 75,3% do PIB em 2018”, disse o comunicado.

Na semana passada, o grupo de planejamento e orçamento do campo de Lula disse que o presidente Jair Bolsonaro deixaria o estado brasileiro “falido”, de acordo com o ex-ministro e membro da equipe de transição Aloisio Mercadante.

O Brasil pagará às instituições financeiras internacionais US$ 1,23 bilhão no ano que vem, disse o ministério, 20% a menos do que os US$ 1,56 bilhão devidos em 2016.

O governo disse que os gastos para ajudar a parcela mais vulnerável da população desde o início da pandemia da Covid-19 impediram o aumento do número de servidores públicos até 2021.

Apesar das negações do ministério sobre os problemas financeiros, o senador Marcelo Castro, que lidera as negociações do projeto de lei orçamentária, disse que não há recursos disponíveis para pagar vários programas do governo no próximo ano.

A equipe de transição de Lula está em negociações para aprovar um projeto de lei que permitiria gastos de R$ 145 bilhões acima do atual teto permitido por lei.

Lula toma posse em 1º de janeiro. Ele derrotou por pouco o ex-presidente de esquerda Bolsonaro em um segundo turno em 30 de outubro, um retorno político que acabou com o governo mais de direita do Brasil em décadas.

(Cobertura de Nayara Figueiredo) Por Tatiana Pautzer; Edição por Grant McCall

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