Lola solta o time econômico, mas não solta demais – MercoPress

Lula dará jogo completo ao time econômico, mas não muito solto

Sábado, 3 de dezembro de 2022 – 09:40 UTC

A equipe de transição de Lula deixou claro que o Ministério da Economia será dividido em Fazenda e Planejamento
A equipe de transição de Lula deixou claro que o Ministério da Economia será dividido em Fazenda e Planejamento

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, disse na sexta-feira que quem for nomeado ministro da Economia sob sua tutela gozará da necessária independência desde que não se esqueça da pessoa que foi eleita pelo povo para governar o país, o que significa que o chefe de estado não perderá as decisões relevantes.

“As pessoas precisam saber que ganhei esta eleição para governar o povo mais humilde deste país”, disse Lula durante sua primeira entrevista coletiva na sede do governo de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.

Entre as medidas inegociáveis ​​que seus assessores precisarão implementar está um aumento do salário mínimo vinculado ao crescimento do PIB, política já adotada em governos trabalhistas anteriores. “Não adianta 10% de crescimento do PIB e as pessoas não participarem disso”, disse Lula.

Lula disse ainda que está com “80% dos ministérios na cabeça”, mas que só vai anunciar os nomes depois de receber o diploma de presidente eleito, em 12 de dezembro, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“A base do meu ministério será a que tive no meu segundo mandato, mais o ministério dos povos indígenas”, disse Lula. “Precisamos dar um sinal de respeito aos indígenas que vivem em nosso país”, acrescentou.

A equipe de transição de Lula também deixou claro que o Ministério da Economia será dividido em Fazenda e Planejamento, informa Agnesia Brasil.

A presidente trabalhista Glice Hoffman, que não será ministra, esteve sempre ao lado do presidente eleito durante a entrevista coletiva. “Ser líder partidário hoje é tão importante quanto ser ministro, ou até mais importante”, disse Lula.

O presidente eleito manifestou sua confiança na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) enviada ao Congresso nesta segunda-feira (28) para emendar o orçamento. O texto propõe, por exemplo, a retirada dos juros de R$ 600 do programa Auxílio Brasil do teto de gastos, que deveria passar a se chamar Bolsa Família.

“O que me interessa é a comissão eleitoral presidencial que enviamos e que já foi discutida com várias lideranças, com os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados”, disse Lula, quando questionado sobre o que poderia ser concedido com a aprovação do atual texto. . “Se precisamos negociar, sabemos chegar a um acordo”, enfatizou.

Lula negou que o texto preveja a emissão de emendas ao chamado “orçamento secreto”, que são itens individuais que os parlamentares inscrevem no orçamento, mas não especificam o dono do projeto. O presidente eleito disse apoiar as emendas parlamentares, desde que transparentes e alinhadas às diretrizes orçamentárias e ao conforto político do governo. “Do jeito que está, não pode ficar do jeito que está, acho que todo mundo está convencido disso”, disse. (Fonte: Agência Brasil)

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