Investigações brasileiras da Eletrobras sobre colapso de torres-fontes de transmissão

SÃO PAULO (Reuters) – A companhia elétrica brasileira Eletrobras (ELET6.SA) Está investigando se o colapso de pelo menos duas torres de transmissão está relacionado a distúrbios antigovernamentais no domingo, após encontrar sinais de vandalismo, segundo duas pessoas familiarizadas com a investigação.

Os organizadores do levante que destruiu prédios do governo na capital federal, Brasília, também discutiram nas redes sociais seus planos de interromper rodovias e refinarias de petróleo para causar caos econômico, enquanto a capital era invadida.

As duas torres — uma que caiu no domingo e outra na madrugada de segunda-feira — eram operadas pela Eletrobras Furnas e pela Eletronorte.

A Eletronorte disse que sua equipe de manutenção encontrou “sinais de vandalismo” em uma torre dilapidada que liga as áreas rurais do norte do Brasil no estado de Rondônia à rede central, mas não forneceu mais detalhes.

“O pessoal da Eletronorte já foi mobilizado para substituir a torre, e os serviços devem terminar na quarta-feira”, disse a Eletronorte em comunicado nesta segunda-feira.

Furnas relatou a queda de uma torre e danos a outras três no estado do Paraná, de acordo com um comunicado conjunto do regulador e do Ministério de Minas e Energia, que criou um comitê de crise para monitorar possíveis ameaças à rede elétrica do Brasil.

O comunicado mostra que Furnas informou às autoridades que suspeitava que se tratava de um ato de vandalismo na ausência de condições climáticas adversas que pudessem ter causado a queda das torres. Uma terceira torre operada pela empresa de transmissão de energia Evoltz também desabou, de acordo com um relatório da operadora do Sistema Elétrico Nacional (ONS) do Brasil na terça-feira. As autoridades disseram que isso levou à falha de 14 unidades geradoras nas barragens de eletricidade em Girao e Santo Antonio.

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Eletrobras, Furnas e Evoltz não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

Reportagem de Leticia Fukushima e Rodrigo Vega Jaer

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