Inflação de março é bom presságio para economia brasileira

Por influências sazonais, Brasil está mais frio taxa de inflação global Em março já era esperado. As mensalidades escolares, impostos e contas de serviços públicos, entre outros, costumam ser reajustadas no primeiro trimestre do ano.

No entanto, o índice oficial de preços ao consumidor do país, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi de 0,16 por cento, bem abaixo da previsão média da Bloomberg e da Broadcast de 0,25 e 0,24 por cento, respectivamente. A taxa de juros de 12 meses está agora em 3,93 por cento, indicando a continuidade do processo antiinflacionário na economia brasileira.

Um decreto temporário assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na terça-feira, ampliando o apoio ao setor de energia renovável e permitindo ao governo adiar pagamentos da gigante energética Eletrobras ao fundo de desenvolvimento energético do país, poderia dar outro impulso ao processo. Poderia levar a uma redução temporária nas contas de eletricidade de 3,5 a 5 por cento em 2024.

Por outro lado, a inflação persistente no sector dos serviços e uma perspectiva algo pouco clara para os preços dos alimentos podem representar um desafio à convergência dos preços com a meta de 3% do banco central.

Q1 está sob controle

Além dos aspectos sazonais, o aumento menos acentuado dos preços dos alimentos e combustíveis em março em relação aos meses anteriores contribuiu significativamente para a desaceleração global do IPCA. Os preços do grupo de transportes tiveram a principal influência baixista no mês passado, caindo 0,33 por cento e resultando numa queda de 0,07 pontos percentuais no índice.

Isto se deve aos preços mais baixos das passagens aéreas e ao aumento de apenas 0,21% na gasolina – em comparação com 2,93% em fevereiro.

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No entanto, o fosso entre os preços nacionais e internacionais está a aumentar. No final de 2023, os preços da gasolina brasileira eram 5% superiores aos padrões internacionais. É agora 16% inferior aos preços internacionais. Com o preço do barril de Brent subindo de US$ 75 para US$ 90 este ano, a expectativa é que a Petrobras tenha que…

Fabian Zeola Menezes

Fabian, ex-editor-chefe do LABS (Latin American Business Stories), tem mais de 15 anos de experiência em reportagens sobre negócios, finanças, inovação e cidades no Brasil. Este último recentemente a trouxe de volta à sala de aula e fez com que ela fizesse mestrado em Gestão Urbana pela PUCPR. Na TBR, você monitora a política econômica, as empresas revolucionárias e as pessoas que impulsionam a inovação na América Latina.

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