China comprou menos soja do Brasil e dos Estados Unidos em 2022 e comprou mais do Uruguai

20 Jan (Reuters) – As importações chinesas de soja dos Estados Unidos caíram 10 por cento em 2022, mostraram dados alfandegários, reduzindo a participação dos Estados Unidos no maior mercado mundial de soja para menos de um terço.

As importações totais de soja da China no ano passado diminuíram 5,6%, para 91,08 milhões de toneladas, devido aos preços globais mais altos e à demanda mais fraca no início do ano.

Mas os Estados Unidos, segundo fornecedor da China, perderam mais que o Brasil, pois os embarques caíram 10%, para 29 milhões de toneladas, enquanto as importações do Brasil, maior fornecedor, caíram 6%, para 54,4 milhões de toneladas.

A seca no Brasil no início do ano apertou a oferta e elevou os preços globais. Mais tarde, os níveis mais baixos de água no rio Mississippi dificultaram a logística nos Estados Unidos, retardando as exportações de feijão para a China.

O Brasil manteve sua participação de 60% no mercado, enquanto a participação dos Estados Unidos caiu ligeiramente para menos de 32%, segundo cálculos da Reuters com base nos dados.

O Uruguai, o menor fornecedor, foi o principal vencedor, com as exportações dobrando de 866 mil toneladas em 2021 para 1,79 milhão de toneladas no ano passado. As importações da Argentina ficaram pouco alteradas em 3,65 milhões de toneladas.

As chegadas de soja em dezembro do Brasil e dos EUA foram semelhantes ao nível do ano passado, em 2,56 milhões de toneladas e 6,02 milhões de toneladas, respectivamente, mas as chegadas da Argentina saltaram para 1,46 milhão de toneladas, de apenas 340.000 toneladas no ano anterior.

A Argentina ofereceu a seus agricultores uma taxa de câmbio preferencial em setembro para impulsionar as exportações de soja. (Reportagem de Dominic Patton; Edição de Rashmi Aish)

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