Brasil planeja continuar investindo em energia a carvão apesar das mudanças globais

“A China há muito é parceira de projetos térmicos em todo o mundo”, comenta Fernando Luiz Zancan, presidente da Associação Brasileira de Minerais de Carvão (ABCM). Atualmente, mais de 70% Das usinas a carvão que estão sendo construídas em todo o mundo dependem do dinheiro chinês.

No Brasil, a estatal chinesa PowerChina é investimento Na usina de Piedras Altas, no Rio Grande do Sul, que terá capacidade de 600 megawatts. Além disso, empresas chinesas já investiram US$ 36,5 bilhões em projetos de energia no Brasil entre 2005 e 2019, segundo dados dados Do Centro para Desenvolvimento de Políticas Globais da Universidade de Boston. No entanto, apenas 4% – cerca de US$ 1,5 bilhão – foi em carvão.

Novos financiamentos devem ser encontrados, caso contrário haverá impacto na construção de novas usinas térmicas

Mas esse cenário está pronto para mudar. Em setembro, o presidente chinês Xi Jinping anunciou que seu país deixaria de participar da construção e financiamento público de usinas a carvão no exterior. Há algum tempo, Japão e Coreia do Sul também anunciaram cortes nesse setor.

“Existe uma pressão internacional sobre os países para que parem de queimar carvão porque o impacto climático é muito grande em escala global”, diz Shigueo Watanabe Junior, especialista em mudanças climáticas e energia da Climainfo, organização brasileira de informações ambientais.

O setor de carvão tem medo

Para Zangan, ainda é “necessário esperar” para entender as implicações práticas dessa nova estratégia chinesa para o estado do Brasil.

Mas o anúncio de Xi Jinping já preocupa parte do setor de carvão. “Precisamos reconhecer que a China é uma potência global e qualquer ação de sua parte tem um impacto global”, diz Genoire José dos Santos, presidente da Confederação Internacional dos Carvoeiros do Sul (Vitis). “alternativo [in funding] Deve ser encontrado, pois sem ele haverá impacto na instalação de novas usinas térmicas.”

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670 milhões de riais brasileiros

Quantos subsídios os produtores brasileiros de carvão receberam em 2020

Diante de um cenário de financiamento cada vez mais escasso, o setor carbonífero tem exigido a ampliação dos subsídios. Hoje, isso é feito por meio da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um fundo para desenvolver o setor de energia, incluindo o carvão, que é fornecido mediante taxa às distribuidoras de energia.

Em 2020, os produtores de carvão Receber 670 milhões de riais em subsídios e, conforme previsto no Lei de Gestão de Energia de 2002o CDE deve continuar a apoiá-lo até 2027. Mas um pedido de Modificar Este projeto de lei estenderia o prazo até 2035.

A ideia é organizar [this extension] Com a decisão do projeto, para posterior votação pela Câmara dos Deputados, depois pelo Senado e a assinatura do presidente, explica Santos, da Vitec. “Se não conseguirmos, essa é uma grande preocupação.”

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