Venezuela tem dívida pendente de US$ 1,27 bilhão com o Brasil, dados oficiais
Segundo o Ministério do Comércio brasileiro, a maior parte dessas operações foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
É oficial, no final de maio, a Venezuela devia ao governo brasileiro cerca de US$ 1,27 bilhão por falta de pagamento de bens e serviços brasileiros cobertos pelo seguro de crédito à exportação, amparado pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE). . A informação é oficializada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Segundo o Ministério Público Federal, a maior parte dessas operações foi financiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), embora também existam operações envolvendo financiadores estrangeiros.
A dívida total é de US$ 1,268 bilhão, sendo US$ 1,095 bilhão já compensados pelo FGE e US$ 53,987 milhões ainda a serem pagos pelo FGE.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a formação de um grupo de trabalho para apurar a dívida da Venezuela com o Brasil e reestruturar o cronograma de pagamentos com base nesses números. A afirmação ocorreu após encontro entre o presidente Lula da Silva e seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro.
Além do encontro no início do dia, o presidente brasileiro ofereceu um almoço de boas-vindas ao líder venezuelano, como parte dos esforços para relançar a União das Nações Sul-Americanas, união das nações sul-americanas, idealizada pelos dois países. No entanto, a iniciativa de Lula não foi unânime entre os países sul-americanos, com Uruguai e Chile criticando o fato de o regime venezuelano não respeitar os direitos humanos, perseguir dissidentes e negar a liberdade de expressão e de imprensa.
O regime do presidente Maduro também tem dívidas pendentes com o Uruguai, perto de 100 milhões de dólares americanos, para a compra de laticínios, carne de frango, grãos e alguns produtos industriais básicos. Os presidentes uruguaios Tabare Vázquez e José Mujica tendiam a dar aos regimes de Hugo Chávez e Nicolás Maduro facilidades de crédito para comprar bens, principalmente alimentos, mas no final das contas nunca pagavam, nem mesmo com petróleo, dado o colapso da economia venezuelana .