Algum alívio nos níveis de dívida e um declínio contínuo nos preços dos alimentos permitiram que as famílias brasileiras gastassem mais em supermercados e mercearias em Setembro. Esta foi a principal razão por trás 0,6 por cento Crescimento das vendas no varejo em relação ao mês anterior (3,3% ano a ano).
O crescimento do sector retalhista atingiu 1,8 por cento durante o ano e 1,7 por cento durante os últimos doze meses. Ainda está operando acima dos níveis pré-pandemia, mas abaixo do pico de outubro de 2020, diz Cristiano Santos, coordenador de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O pico foi impulsionado pelas medidas de isolamento social e pela poupança das famílias, que ainda eram altas no início. tempo.
Santos diz que as vendas nas lojas de departamentos foram as que mais afetaram o resultado mensal. Atualmente, está a operar “bem acima” dos níveis pré-pandemia, 9,1% acima dos níveis de fevereiro de 2020.
Por outro lado, o maior impacto negativo veio do setor de combustíveis e lubrificantes, que tem o segundo maior peso no setor retalhista. A queda de 1,7% na atividade ocorreu após dois meses consecutivos de crescimento. Segundo Santos, os ganhos obtidos pelos postos não foram suficientes para superar a inflação nesse período.
As vendas de automóveis, setor que depende fortemente do acesso ao crédito, caíram 0,9%.
Os mercados esperam que os rendimentos dos trabalhadores continuem a aumentar e que haja novos cortes na taxa de juro de referência do Brasil (actualmente em 12,25 por cento). Isto poderá abalar o setor retalhista – mas não a curto prazo.
No entanto, o setor espera que as vendas da Black Friday e do Natal impulsionem os resultados do quarto trimestre de 2023. No ano passado, a Copa do Mundo da FIFA prejudicou o desempenho nessas datas. O programa de renegociação da dívida do governo federal – que procura ajudar até 32 milhões de consumidores a melhorar a sua pontuação de crédito – e o pagamento do bónus de Natal também impulsionariam o consumo.