Uma década depois, um pato gigante traz um amigo para casa em Hong Kong

As esculturas gêmeas de 18 metros (59 pés) de altura do artista holandês Florentin Hofmann fazem parte da série Rubber Duck, que tem aparecido nas principais cidades desde sua estreia em 2007.

Essas elegantes obras de arte já foram manchetes em Hong Kong por atrair grandes multidões e por encolhimento ocasional, inclusive quando encolheram para um disco plano próximo a uma doca de balsa em 2013.

Depois do mau tempo na sexta-feira, antes de serem soltos na água, Hoffman brincou que os dois patos “tomaram banho esta manhã”.

“Em um mundo onde sofremos com uma pandemia, guerras e situações políticas, acho que é hora de trazer de volta a dupla sorte”, afirmou.

Navegando em frente ao histórico Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong, o poderoso pato deslizou pelo porto antes de parar para nidificar perto da sede do governo da cidade.

Funcionários de escritório passeavam durante o intervalo do almoço tirando selfies, enquanto outros seguravam balões de pato amarelo para celebrar o novo casal ensolarado.

“Acho muito bom que o pato esteja de volta depois de dez anos porque é só felicidade, principalmente depois da pandemia”, disse à AFP uma fã, Vivian.

“É uma forma de flashback”, disse Zeng, 32, funcionário do banco. “Acho que traz sorte.”

Durante sua visita a Hong Kong em 2013, o solitário pássaro cor de limão eriçou suas penas em Pequim depois que os internautas editaram a famosa foto “Tank Man” da repressão da Praça da Paz Celestial em 1989, substituindo os tanques por patos.

As buscas online por “pato amarelo” foram proibidas na China continental antes de 4 de junho daquele ano, o aniversário da repressão, já que Pequim proíbe a discussão sobre o dia em que as tropas chinesas esmagaram as manifestações.

Mesmo depois que as exibições de patos de Hoffmann diminuíram em meados da década de 2010, a criatura encontrou uma nova vida como um símbolo de protesto involuntário no Brasil, na Rússia e, mais recentemente, na Tailândia.

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