Um crítico da Petrobras o nomeou chefe da gigante petrolífera estatal brasileira

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que o senador do Partido dos Trabalhadores, Jean-Paul Pratis, é seu candidato para liderar a estatal petrolífera Petrobras a partir de 2023.

O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou que o senador do Partido dos Trabalhadores, Jean-Paul Pratis, é seu candidato para liderar a estatal petrolífera Petrobras a partir de 2023.

Rodrigo Viana/Agência Senado/AFP

  • O brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva nomeou Jean-Paul Pratis, senador e ex-funcionário da Petrobras, para liderar a gigante do petróleo.
  • O conselho da Petrobras ainda não aprovou o candidato de Lula, que visa transformá-la em uma potência de energia renovável.
  • Os mercados estão preocupados com a queda dos lucros da Petrobras enquanto Lula orienta a empresa a investir em áreas relacionadas à sua política industrial.
  • Para mais histórias, acesse Primeira página do News24 Business.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva escolheu um senador e ex-funcionário da Petrobras para liderar a gigante petrolífera estatal brasileira com o objetivo de transformá-la em uma potência de energia renovável.

Jean-Paul Prats, senador pelo Partido Trabalhista de Lula, confirmou o convite de Lula em carta enviada de sua assessoria de imprensa. Momentos depois, Brits é parabenizado por Lola no Twitter, Sublinhando que é “um especialista no sector da energia”.

Ele assumirá uma empresa que tem sido criticada por inundar os investidores com lucros recordes, ao mesmo tempo em que não investe o suficiente em refino de petróleo, energia eólica e solar. Brits disse que a atual administração da Petrobras está levando a empresa “para um precipício”, concentrando-se estritamente em petróleo e gás e negligenciando a transição energética.

Leia | intérprete | Cinco maneiras pelas quais o Brasil pode redefinir a política verde como presidente

Pratiss é visto como um membro moderado do Partido Trabalhista de esquerda, e sua carreira no Senado o ajudará a administrar uma empresa de petróleo que está regularmente sob pressão política para conter os preços dos combustíveis e criar empregos.

Nos últimos anos, a Petrobras recebeu elogios de investidores por se concentrar em seus projetos de petróleo mais lucrativos nas águas profundas do Atlântico Sul, ao mesmo tempo em que vendeu ativos de baixa margem, como oleodutos, refinarias e campos maduros de petróleo em terra. A estratégia permitiu reduzir sua dívida e aumentar o pagamento de dividendos.

Os mercados financeiros temem que os lucros diminuam sob a liderança de Lula enquanto ele orienta a empresa a investir em outras áreas mais alinhadas com suas políticas industriais mais amplas.

“Todas as empresas de petróleo estão se transformando em empresas de energia, e não é só conversa”, disse Pratiss em entrevista coletiva no início deste mês. “Nada disso está acontecendo na escala certa na Petrobras.”

Prats foi peça chave na equipe de energia de Lula durante a campanha e foi responsável por conversar com investidores sobre petróleo e energia. Ele trabalhou na divisão internacional da Petrobras na década de 1980, tornou-se consultor de petróleo e ajudou a redigir a legislação em 1997 que removeu o monopólio da Petrobras na exploração.

Em entrevista em agosto, Pratiss disse que a Petrobras sob a liderança de Lula reverteria anos de cortes de custos e gastaria mais em refino e renováveis, além de reconstruir operações internacionais que haviam sido reduzidas nos últimos anos. Em 30 anos, ele viu a empresa investir tanto em energia limpa quanto em combustíveis fósseis.

Espera-se também que Lula reformule as regras de conteúdo local, ou a porcentagem de bens e serviços para projetos de petróleo que devem ser adquiridos no Brasil para aumentar o emprego local.

Qualquer aumento nessa proporção seria uma preocupação para a indústria do petróleo, porque políticas semelhantes inflacionaram os custos no passado.

“Temos que voltar ao grande mundo da Petrobras que costumávamos ser”, disse Pratiss em agosto. “Precisa se transformar em um player global na transição energética.”

A Petrobras disse, em comunicado, que a empresa não foi notificada formalmente sobre a nomeação de Brits e confirmou que o indicado de Lula está sujeito a procedimentos internos de governança e aprovação do conselho.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *