Químicos e Plásticos Brasil está aumentando a pressão contra propostas para proibir plásticos descartáveis

SÃO PAULO (ICIS) – As propostas do Brasil para proibir plásticos descartáveis ​​podem levar a um “tsunami de desemprego”, já que empresas incapazes de se adaptar podem ser forçadas a fechar os negócios, disseram grupos da indústria química e de plásticos.

No início de outubro, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado brasileiro aprovou um projeto de lei que imporia a proibição, no prazo de um ano, de produtos plásticos descartáveis ​​feitos de materiais não biodegradáveis.

O regulamento também estipula a proibição do uso de embalagens plásticas não recicláveis ​​ou compostáveis ​​no prazo de sete anos.

O poliestireno (PS), amplamente utilizado em embalagens de alimentos e não alimentares, será um dos produtos petroquímicos afetados, entre outros polímeros de difícil reciclagem.

“Tsunami do desemprego”
Os dois principais grupos comerciais de produtos químicos e plásticos do Brasil, Abichem e Apiplast, respectivamente, estão pressionando conjuntamente os parlamentares para descafeinar o projeto.

Exigem uma “reformulação” da lista de produtos proibidos, pois isso poderia levar ao encerramento imediato de instalações de produção cuja principal atividade são os plásticos descartáveis.

Os dois grupos comerciais disseram que isto poderia causar um declínio acentuado no emprego no setor, numa altura em que o novo governo brasileiro disse que quer reanimar os setores industriais para aumentar o emprego no setor manufatureiro.

O projeto ainda precisa passar por diversas etapas antes da aprovação final. Após receber o sinal verde do CAS, o plenário do Senado votará o texto e, se aprovado, seguirá para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

O Senado enviará então a legislação ao Congresso, a câmara baixa do Parlamento, para aprovação final.

“Abikim e Apiplast querem expressar sua grande preocupação caso o atual projeto de lei seja aprovado pelo Senado. Os dois grupos comerciais disseram que um maior diálogo com as empresas do setor de plásticos é essencial para que nenhum membro da sociedade sofra com uma proibição repentina e não planejada de plásticos.” Uso único.

“Se não houver uma revisão significativa do projeto de lei, as consequências para a economia serão enormes.”

Os dois grupos comerciais estimaram que o projeto de lei na sua forma atual poderia ter um impacto nas vendas de plástico no valor de R$ 70,2 bilhões (US$ 14 bilhões) e causar a perda de 205 mil empregos, ou um corte salarial de R$ 6,7 bilhões.

Grupos comerciais disseram que outros setores relacionados também seriam afetados, com a indústria de coleta e separação de resíduos provavelmente perdendo 270 mil trabalhadores.

“Além disso, mesmo a União Europeia, a região mais avançada no tratamento desta questão, não tem uma proibição generalizada dos plásticos como proposto no PL 2024/2022.” [the draft bill]disse o CEO da Abichem, Andre Bassos.

“Os europeus conceberam um longo período de transição para a eventual substituição do uso de alguns plásticos, até 12 anos.”

O CEO da Abiplast, Paulo Teixeira, disse que o projeto de lei não oferece um “conceito abrangente” para a política de economia circular, resultado de uma “visão fragmentada que não incentiva a industrialização” e prejudicaria o consumo e as exportações de produtos essenciais que devem ser embalados. Em plástico.

“É necessária a criação de um grupo de trabalho que permita a participação efetiva de todas as partes envolvidas na análise dos impactos sociais, ambientais e económicos das propostas para a tomada de decisões mais resolutas”, afirmou Teixeira.

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“Isso se torna ainda mais importante considerando que, em 2022, a indústria do plástico produziu 6,7 milhões de toneladas do material.”

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