Os analistas estão otimistas com a Petrobras à medida que as novas políticas se tornam mais claras

SÃO PAULO (Reuters) – Analistas de grandes bancos globais elevaram suas previsões para o preço das ações da petrolífera brasileira Petrobras (PETR4.SA) ao avaliarem que as políticas do novo governo de esquerda não são tão hostis aos investidores quanto alguns temem.

As ações da empresa subiram mais de 50% até agora este ano para máximos históricos, incluindo um salto de 4,7% para OMR32,00 na quarta-feira, mas analistas do lado da venda ainda dizem que o rali ainda tem espaço para acontecer, estabelecendo metas de preço como altas. como 41 riais por ação.

Santander e Goldman Sachs foram os últimos a atualizar suas recomendações sobre a petrolífera para “comprar”. Eles anunciaram a mudança na terça-feira, citando uma avaliação atraente e impactos limitados de mudanças recentes nas principais políticas da empresa.

Seguiu-se chamadas semelhantes no início deste mês por Morgan Stanley e JPMorgan, que elevaram a Petrobras para “excesso de peso”, observando mudanças de política menos perturbadoras do que inicialmente antecipadas e percepções de risco mais baixas, respectivamente.

gráficos da Reuters

O Goldman Sachs disse em nota aos clientes que riscos de cauda menores e uma avaliação atraente, mesmo após o rali recente, apóiam sua decisão, observando que as políticas sobre pagamento de dividendos, preços de combustível e alocação de capital estão se tornando mais claras.

No mês passado, a Petrobras abandonou uma política baseada no mercado para precificar a gasolina e o diesel no Brasil em favor de uma maior flexibilidade para suavizar a volatilidade dos preços, mas os executivos prometeram não vender combustível abaixo dos níveis lucrativos.

“Não é trivial, mas indica que a Petrobras ainda segue as tendências globais de preços”, disse Goldman.

A gigante estatal também revisou parte de seu plano estratégico em uma tentativa de aumentar os investimentos em iniciativas de baixo carbono.

No entanto, a medida não surpreendeu os analistas, já que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia dito anteriormente que buscaria avançar na transição para energias renováveis, mantendo a expansão da produção de petróleo nos trilhos.

Os analistas agora aguardam um anúncio sobre a política de dividendos da empresa até julho, mas não esperam uma grande reviravolta.

“Acreditamos que a atividade financeira da empresa e as necessidades financeiras do governo justificam mudanças limitadas”, disseram analistas do Santander, que elevaram sua classificação para “Outperform”.

(Reportagem de Gabriel Araujo) Edição de Brad Haynes, Emma Romney e Sharon Singleton

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Gabriel Araújo

Thomson Reuters

Gabriel é repórter em São Paulo, Brasil, cobrindo notícias financeiras e de última hora da América Latina sobre a maior economia da região. Formado pela Universidade de São Paulo, ele ingressou na Reuters ainda na faculdade como estagiário de commodities e energia e trabalha para a empresa desde então. Esportes já cobertos – incluindo futebol e Fórmula 1 – para rádios e sites brasileiros.

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