O brasileiro Lula disse que o acordo UE-Mercosul será finalizado até o final do ano

Cidade do México

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse segunda-feira que um acordo comercial entre a União Europeia e o bloco econômico sul-americano Mercosul será ratificado até o final de 2023, encerrando mais de 20 anos de negociações.

As declarações de Lula foram feitas durante seu discurso na abertura da cúpula UE-CELAC de dois dias na Bélgica, da qual também participaram a presidente da Comissão Européia, Ursula von der Leyen, o presidente da Espanha, Pedro Sanchez, e chefes do Banco Interamericano de Desenvolvimento. BID) e Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

Ressaltando a importância da União Européia como parceiro comercial, Lula anunciou que o tão cobiçado acordo será ratificado até o final do ano.

“A União Européia é o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Nossa corrente comercial pode passar de US$ 100 bilhões neste ano”, afirmou.

Acrescentou: “O acordo equilibrado entre o Mercosul e a União Europeia, que pretendemos concluir este ano, abrirá novos horizontes. Queremos um acordo que preserve a capacidade de resposta das partes aos desafios do presente e do futuro”.

Os dois lados hesitam sobre o acordo de livre comércio desde 1992, encerrando formalmente as negociações em 2019, durante o primeiro ano no poder do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. As políticas do líder de direita amazônico causaram hesitação no bloco europeu, atrasando a ratificação do acordo.

Espera-se que o progresso no acordo comercial continue com o retorno de Lula à presidência este ano. No entanto, o líder brasileiro criticou o acordo depois que um projeto de lei aprovado pelo Parlamento Europeu em setembro de 2022 proíbe a importação de mercadorias ligadas ao desmatamento com a opção de punir os parceiros comerciais que não cumprirem.

Lula denunciou o novo marco legal agora incluído no acordo comercial e criticou a iniciativa do Brasil de limitar as exportações agrícolas e industriais. Pedindo um acordo que impulsione a reindustrialização na região, o líder latino-americano pediu à Europa que se afaste de acordos comerciais ancorados em desconfiança e ameaças de sanções econômicas.

Mas a declaração de Lula durante a cúpula entre o Grupo dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos e a União Européia confirma o fim das tensões entre os dois blocos.

“Vamos provar, como fizemos no passado, que é possível produzir e crescer de forma sustentável e eficiente”, afirmou em Bruxelas.

Durante a cúpula, a Comissão Europeia anunciou um investimento de mais de 45 bilhões de euros (US$ 50,6 bilhões) na América Latina e no Caribe.

De acordo com um comunicado de imprensa da CAF, o investimento se concentrará em hidrogênio limpo, matérias-primas críticas, telecomunicações e desenvolvimento de vacinas avançadas de mRNA.

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