Ministro da Economia pode usar reservas internacionais para pagar dinheiro do banco do BRICS – Avaliação da Eurásia

Por Andrea Verdilio

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, argumentou que o governo deveria usar cerca de US $ 200 milhões em reservas internacionais para pagar o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do BRICS. Para isso, é necessário que se chegue a um novo entendimento no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre o teto de gastos públicos, que limita as expansões a uma inflação maior do que no ano anterior.

Como hoje, observou Guedes, o dinheiro terá que sair do orçamento e o processo afetará o teto de gastos. Porém, em sua opinião, o objetivo é evitar o crescimento dos gastos recorrentes e, neste caso, a ação será simplesmente uma realocação de recursos para fora do país. Em agosto deste ano, o estoque de reservas internacionais do Brasil era de US $ 370,395 bilhões, segundo dados do banco central.

“Deixamos de cumprir esse compromisso por falta de espaço para orçamento”, anunciou o ministro nesta segunda-feira (4 de outubro), durante videoconferência da primeira semana orçamentária do TCU. Ele pediu o apoio do tribunal, que tem a tarefa de garantir que o limite não seja violado, no tratamento do caso.

O Banco BRICS – bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, foi criado em Xangai, na China, em 2015, com o objetivo de financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento em países pobres e em desenvolvimento. O capital da fundação é formado no valor de 10 bilhões de dólares de cada integrante do bloco, o pagamento é feito em parcelas. Guedes lembrou que há cerca de um ano e meio o Brasil não cumpria sua obrigação de enviar os recursos alocados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

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