Lisboa apela a medidas para reduzir o ruído dos aviões

A Câmara Municipal de Lisboa aprovou por unanimidade uma moção que insta o Governo a solicitar à ANA – Aeroportos de Portugal (directora dos aeroportos do país) a realização de obras de controlo de ruído no Aeroporto Humberto Delgado.

O Aeroporto Humberto Delgado, na sua localização atual, tornou-se um fardo insuportável; Assim, a prevenção sonora e o controle da poluição sonora e do ar, com o objetivo de proteger a saúde humana e o bem-estar dos moradores locais, é uma tarefa essencial do Estado”, afirma o movimento.

Neste âmbito, a Câmara Municipal de Lisboa pretende que a ANA “cumpra, num curto espaço de tempo, as obrigações constantes do Plano de Acção Ruído do Aeroporto Humberto Delgado, aprovado pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente), relativo a medidas destinadas a reduzir a exposição da população, implementando trabalhos de isolamento acústico em edifícios directamente afectados pelo ruído das aeronaves.

Por proposta dos membros do Conselho do Partido Comunista (PCP), João Ferreira e Ana Jara, foi discutida e votada segunda-feira em sessão extraordinária a proposta “Aeroporto Humberto Delgado: Exigir à ANA que faça obras de controlo de ruído em Lisboa”. reunião do executivo municipal.

A aprovação desta iniciativa coincidiu com a véspera da reunião que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, iria manter com a Comissão de Controlo Aeroportuário, disse o PCP, esperando que o autarca “aproveite para anunciar esta proposta”.

Segundo os comunistas, o Plano de Ação de Ruído do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi apresentado pela ANA para o triénio 2018-2023 e aprovado pela APA em 2019, que “foi concedido com a condição de um conjunto de iniciativas, entre as quais a implementação de um sistema acústico programa de isolamento, seja implementado de forma a reduzir impactos sobre a cidade e especialmente sobre as áreas próximas ao aeroporto.”

O movimento refere que as intervenções estão previstas para serem ativadas em duas fases, entre 2021 e 2023, através de um programa da responsabilidade da ANA, para a insonorização dos edifícios mais afetados pelo ruído das aeronaves na capital, mas que “não foi longe”. do chão”, continuando a realizar trabalhos de isolamento acústico em edifícios diretamente afetados, casas ou apartamentos com licença habitacional, hospitais, escolas e universidades.

Os planos de redução de ruído resultam da avaliação das entidades competentes, através de mapas de ruído municipais e mapas estratégicos de ruído, que apresentam medidas para reduzir a exposição da população ao ruído.

A ANA não se comprometeu com o investimento previsto, no âmbito do Plano de Ruído, que visa reduzir a exposição da população, nomeadamente dos que vivem ou trabalham nas zonas próximas das pistas de aterragem ou descolagem, através de intervenções ao nível dos mais janelas expostas e fachadas de edifícios, conforme estipulado no plano aprovado pela APA”, denota movimento.

No documento, o PCP refere que o ruído é uma fonte grave de perturbação da qualidade de vida das pessoas, sobretudo nocturna, e que “o ruído das aterragens e descolagens de aeronaves causa inúmeras queixas e graves transtornos aos lisboetas e concelhos limítrofes em uma base diária.”

Em consequência do ruído aeroportuário sobre os afetados, o movimento indica distúrbios do sono, aumento do risco de doenças cardiovasculares e diminuição da capacidade de aprendizagem das crianças, o que resulta em graves efeitos na saúde e na qualidade de vida dos cidadãos.

lusa

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