Light Company do Brasil entra com pedido de recuperação judicial com dívida de US$ 2,2 bilhões

SÃO PAULO (Reuters) – A Light SA (LIGT3.SA) disse nesta sexta-feira que entrou com pedido de recuperação judicial com cerca de R$ 11 bilhões (2,2 bilhões de dólares) em dívidas, tornando-se a mais recente empresa brasileira de alto perfil a buscar aquisição. Esta proteção nos últimos meses.

A Light, que distribui eletricidade no estado do Rio de Janeiro, juntou-se às fileiras da gigante do varejo Americanas SA (AMER3.SA), da empresa de telecomunicações Oi SA (OIBR4.SA) e da cervejaria Petrópolis, que pediram falência este ano em meio a problemas financeiros.

A Light disse à Securities que o pedido foi feito na Justiça do Rio de Janeiro em um momento em que as condições econômicas e financeiras da empresa e de algumas de suas subsidiárias continuavam se deteriorando, apesar dos esforços para cumprir as obrigações financeiras.

Ele disse que isso requer “outras medidas sejam tomadas com urgência para protegê-lo até que seja possível implementar um reajuste de seu endividamento e um ajuste de sua estrutura de capital”.

As ações da empresa, da qual o fundo de investimento privado de Ronaldo Cesar Coelho, Samambaia FIA, é o maior acionista, caíram mais de 17%, para 3,85 riais, no pregão da manhã após a notícia.

A empresa de eletricidade já havia solicitado no início deste ano ao tribunal a suspensão temporária do pagamento da dívida financeira.

Disse estar “confiante” na sua capacidade operacional bem como no seu âmbito comercial para aprovar um plano de reorganização que visa também a preservação dos seus serviços, opinião partilhada pelo estado do Rio de Janeiro.

“Entendemos que os problemas financeiros dentro do processo devem ser resolvidos por meio de negociações com os credores, enquanto os serviços prestados pela empresa continuarão normais”, disse Nicola Michoni, chefe do Tribunal de Justiça do Rio, à Reuters.

No início desta semana, o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silvera, criticou a Light, dizendo que empresas “sem competência gerencial… como a Light” não deveriam renovar seus contratos de distribuição.

Light na época se recusou a comentar.

(US$ 1 = 5,0033 riais)

(Reportagem de Gabriel Araujo) Edição de Stephen Grattan

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