SÃO PAULO (Reuters) – A petrolífera brasileira Petrobras (PETR4.SA) fez sua primeira compra de créditos de carbono, disse a estatal nesta terça-feira, buscando melhorar suas credenciais ambientais em um esforço mais amplo para se tornar mais sustentável.
A Petrobras comprou 175 mil créditos de carbono do Projeto Envira Amazônia na floresta amazônica, informou em documento de títulos, acrescentando que planeja gastar pelo menos US$ 120 milhões em créditos de carbono até 2027.
A empresa havia dito anteriormente que gastaria até US$ 120 milhões, mas o chefe de transformação de energia, Mauricio Tolmaskem, disse que o valor agora seria revisto no plano de negócios da empresa para 2024-2028.
“Isso (US$ 120 milhões) é o mínimo”, disse Tolmaskem à Reuters.
Os créditos de carbono são licenças negociáveis que permitem ao proprietário emitir determinadas quantidades de gases com efeito de estufa. Cada certificação permite a emissão de uma tonelada métrica de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa equivalentes.
A Petrobras informou que a certificação segue o Verra Certified Carbon Standard (VCS), maior certificadora do mercado voluntário de carbono do mundo.
Seu site diz que o projeto “Projeto Envira Amazônia” começou em agosto de 2012 com o objetivo de proteger cerca de 39 mil hectares de floresta no oeste do estado do Acre.
Gustavo Pinheiro, coordenador do Instituto Clima e Sociedade (iCS), saudou a entrada da Petrobras no mercado de carbono, mas disse que 175 mil créditos era um valor pequeno para uma empresa do seu porte. Ele estimou que a Petrobras pagou menos de US$ 1 milhão pelos 175 mil créditos.
(Reportagem de Gabriel Araujo, Marta Nogueira e Fabio Teixeira) Edição de Stephen Grattan e David Goodman
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