Brasil restabelece laços comerciais e políticos com Cuba, diz assessor de Lula

O presidente cubano Miguel Diaz-Canel se reúne com o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à margem da Nova Cúpula do Pacto Financeiro Global em Paris, França, 22 de junho de 2023. ALEJANDRO AZQUEY/Cortesia da Presidência de Cuba/Foto cortesia de REUTERS/Arquivo foto Aquisição de direitos de licenciamento

HAVANA (Reuters) – O Brasil pretende restaurar as relações comerciais e políticas com Cuba, disse nesta sexta-feira um importante assessor de política externa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de se encontrar com o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, em Havana.

As relações entre Brasil e Cuba, que eram fortes quando o Partido dos Trabalhadores de esquerda de Lula liderou o Brasil entre 2003 e 2016, deterioraram-se sob o ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.

Em 2019, o primeiro ano do governo Bolsonaro, o Brasil votou pela primeira vez contra uma resolução anual da ONU que condenava e pedia o fim do embargo econômico dos Estados Unidos à Cuba comunista.

Mas com Lula de volta ao cargo desde janeiro para cumprir seu terceiro mandato não consecutivo, a maior economia da América Latina mais uma vez busca fortalecer seus laços com a nação insular caribenha.

“Queremos fazer da relação entre Brasil e Cuba uma relação de grande amizade”, disse o assessor de Lula Celso Amorim durante sua visita a Havana.

“Isso contribuirá para a paz em nossa região, e esse é o maior objetivo da diplomacia além do crescimento econômico”, disse Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores de Lula e do ex-presidente Itamar Franco.

Amorim disse ainda que em breve viajarão a Cuba grupos de especialistas em saúde e representantes do setor agrícola brasileiro.

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Cuba tem sido uma parte fundamental do programa Mais Médicos do Brasil, uma iniciativa lançada em 2013 que recrutou médicos estrangeiros para trabalhar principalmente em áreas remotas do país.

Bolsonaro criticou o programa e o interrompeu enquanto estava no poder, uma decisão que gerou tensões com o governo cubano.

Lula e Díaz-Canel já haviam conversado em junho em Paris, num encontro que o líder cubano qualificou de “fraterno”.

Reportagem de Nelson Acosta. Escrito por Gabriel Araujo; Edição de Rosalba O’Brien

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