Brasil: Nove bombeiros mortos em acidente de treinamento em caverna | notícias | DW

Nove bombeiros brasileiros morreram após um acidente de treinamento na Caverna Doas Bocas, em Altinópolis, 300 quilômetros ao norte de São Paulo no domingo.

Cerca de 27 bombeiros civis participaram do treinamento, e nove deles morreram no acidente quando a caverna em que estavam treinando desabou.

Os esforços de resgate começaram no início do domingo, mas foram prejudicados pela chuva, dificultando o acesso. O Hospital de Misericórdia de Altinópolis recebeu cinco sobreviventes e pelo menos três foram liberados.

Cinco cadáveres foram retirados da caverna e transportados de helicóptero, mas devido à má visibilidade à noite, os quatro cadáveres restantes tiveram que ser removidos a pé.

Vinte veículos e 75 bombeiros foram mobilizados para auxiliar no resgate.

O município de Altinópolis não é informado antes do exercício

A Prefeitura de Altinópolis informou que a gruta onde ocorreu o trágico acidente de treinamento está localizada na Fazenda Rancho 65, na zona rural da cidade, polo de ecoturismo com grutas e cachoeiras.

O curso foi realizado pela Real Life School. O prefeito de Altinópolis, José Roberto Veracin Márquez, disse que ninguém no município local foi informado.

Bombeiros trabalham para resgatar bombeiros civis soterrados em caverna após desabamento em Altinópolis

O treinamento do assassino foi realizado pela Escola Vida Real que não informou o município

“Nossa defesa civil foi acionada por volta das 3h para enfrentar o desabamento desta caverna, que fica em área particular. Os bombeiros e o proprietário da fazenda não tiveram contato prévio com o município”, disse Veracin Marques. Estado de São Paulo.

Ele disse que Altinópolis ofereceu ajuda aos bombeiros e equipes de resgate, incluindo refeições, água e carros, e o município também forneceu madeira para apoiar as partes restantes do teto da caverna para evitar mais desabamento.

“A chuva que começou no sábado ainda continuava na área, o que dificultou o resgate”, disse Tania Pereira, sócia da Real Life School.

Esse tipo de treinamento não deve ser feito.

O tenente-coronel da Polícia Militar Rodrigo Quintino, coordenador da Defesa Civil da área, disse à Folha de São Paulo: “O grupo estava acampado dentro da caverna. Por uma série de fatores, o teto da caverna desabou sobre algumas dessas pessoas”.

Acrescentou que “este tipo de formação não deveria ter lugar. É um nível de formação que exige um elevado grau de profissionalismo, e quem tem competência para fazer este tipo de trabalho são as equipas militares”.

ar/aw (AP, Lusa, EFE)

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