Atualização 2 – Desemprego no Brasil atingiu recorde histórico de 14,7% no primeiro trimestre

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BRASILIA (Reuters) – A taxa de desemprego no Brasil aumentou para um recorde de 14,7 por cento no primeiro trimestre do ano, dados mostraram na quinta-feira, com números recordes de desemprego e outros indicadores indicando uma fraqueza geral em todo o país. Mercado de trabalho.

A agência de estatísticas IBGE informou que a taxa oficial de desemprego subiu de 13,9% nos três meses até dezembro, em linha com a mediana das previsões de uma pesquisa da Reuters com economistas.

O IBGE afirmou que foi a maior taxa de desemprego desde a série lançada em 2012, mas acrescentou que fatores sazonais também influenciam.

As taxas de desemprego tendem a aumentar no início de cada ano, pois as pessoas contratadas no final do ano anterior foram demitidas. As demissões nos primeiros meses do ano pressionaram o mercado de trabalho, disse Adriana Beringoy, analista do IPGE.

Os números também ilustram a primeira parte da segunda onda mortal da pandemia COVID-19 no Brasil, que levou a novos bloqueios em várias cidades e também aumentou drasticamente o número de mortos.

Alberto Ramos, do Goldman Sachs, estimou que a taxa de desemprego teria sido de 20,6% se a taxa de participação no mercado de trabalho fosse a mesma de um ano atrás.

O IBGE disse que o número de desempregados oficialmente subiu de 13,9 milhões para um novo recorde de 14,8 milhões nos três meses até dezembro, um aumento de quase 2 milhões, ou 15%, em relação ao ano passado.

Dados do Ministério da Economia mostram crescimento recorde do emprego formal no primeiro trimestre do ano. Mas, como o ministro da Economia, Paulo Guedes, destacou novamente nesta semana, o mercado de trabalho informal foi o que mais sofreu com a epidemia e continua fraco.

O instituto disse que cerca de 85,7 milhões de brasileiros trabalharam em janeiro, pouca variação em relação ao trimestre anterior, mas diminuíram 7,1%, ou 6,6 milhões de pessoas, em relação ao mesmo período do ano anterior.

O número de desligamentos totais do mercado de trabalho ficou em 76,5 milhões, segundo o IBGE, mas foi 9 milhões a mais, ou 13,7%, em relação ao ano anterior.

O IBGE disse que o número de trabalhadores desestimulados subiu para uma série de 6 milhões, enquanto o número de trabalhadores inexplorados aumentou em mais de um milhão em relação ao trimestre anterior, para 33,2 milhões. Trabalhadores desencorajados é o termo dado a pessoas que não procuram ativamente um emprego ou que não o encontraram depois de muito tempo, geralmente porque desistiram da procura.

O instituto disse que a taxa de subemprego subiu de 28,7% para 29,7% no período de outubro a dezembro.

(Jimmy McGiver Report) Edição de Shizuo Nomiyama e Francis Kerry

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