(adiciona detalhes e contexto)
BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil criou menos empregos formais do que o esperado em novembro, aumentando as perspectivas de desaceleração econômica no final do ano em meio a custos de empréstimos mais altos.
De acordo com o Ministério do Trabalho, os ganhos líquidos totalizaram 135.495 empregos oficiais em novembro, muito abaixo das expectativas de 168.000 empregos em uma pesquisa da Reuters com economistas.
O número representa uma queda de 57% em relação ao mesmo mês do ano passado.
O ministério disse que a criação líquida de empregos foi de 2,47 milhões até o momento.
A força do mercado de trabalho ajudou a economia brasileira a ter um desempenho melhor do que o esperado no início do ano. No entanto, nos últimos meses, perdeu terreno devido ao forte aperto monetário que começou a desacelerar a atividade.
Em outubro, os dados oficiais de emprego foram positivos em apenas dois dos cinco setores pesquisados: varejo (+105.969) e serviços (+92.213).
O ministério disse que o salário médio mensal para novos empregos criados no mês diminuiu 1,05% em relação a outubro, para 1.920 riais (US$ 364).
O número de trabalhadores com carteira assinada no Brasil subiu 0,32%, para 43,1 milhões em novembro. Os dados não incluem os quase 40 milhões de trabalhadores indocumentados e sem carteira assinada no país.
(US$ 1 = 5,2792 riais) (Reportagem de Marcella Ayres; Edição de John Stonestreet e Angus McSwan)