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RIO DE JANEIRO (Reuters) – A estatal petrolífera disse nesta sexta-feira que os acionistas da Petrobras elegeram seis candidatos do governo e dois de mercado para integrar o conselho da empresa.
Em geral, o número de cargos de diretoria ocupados pelo Estado não mudou, e o equilíbrio de poder entre o governo e os acionistas do mercado na Petrobras não mudou. No entanto, em comunicado descrevendo os resultados da assembleia de acionistas na sexta-feira, a empresa disse que a maior parte do conselho de administração do governo, incluindo o presidente, foi trocada.
Os efeitos da tão esperada mudança de paleta não ficaram imediatamente claros.
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No passado, analistas e investidores saudaram as eleições do conselho para ajudar a Petrobras a sair de períodos de turbulência gerencial. Mas o conselho votado mostrou-se relativamente hábil em isolar a Petrobras das pressões políticas, que se mostraram severas nos meses que antecederam a eleição presidencial do Brasil em outubro.
Na esteira das pesquisas de opinião, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro pediu repetidamente à empresa que reduza os preços dos combustíveis e criticou o que ele afirma ser lucros excessivos.
Um investidor de São Paulo consultado pela Reuters, que pediu para não ser identificado para falar francamente sobre a empresa, disse que a eleição do conselho não é um evento crucial para o mercado.
“Todos os olhos estão voltados para as eleições (presidenciais)”, disse ele.
Dos seis membros do conselho de administração do governo que vão à reunião, apenas um, o presidente em exercício, Cayo Pais de Andrade, foi reeleito.
Os acionistas não reelegeram o Presidente Marcio Weber. A Petrobras disse que será substituído por Gelino Jorjao Barreto, presidente da Cerpro, empresa estatal de TI.
Dois membros da diretoria associada do mercado não foram reeleitos, e não foi a única cadeira ocupada por trabalhadores da Petrobras, o que significa que o conselho de administração da empresa, com 11 cadeiras, ainda é composto por seis membros associados do governo, quatro membros associados do mercado e um membro afiliado ao trabalhador.
O governo de Bolsonaro havia indicado em maio que queria mudar o conselho de administração da Petrobras, embora a reunião tenha sido adiada devido a uma série de entraves burocráticos e processuais.
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Reportagem adicional de Gram Slattery e Raffaela Barros no Rio de Janeiro; Reportagem adicional de Paula Laer em São Paulo. Edição por Tomasz Janowski, Matthew Lewis e Daniel Wallis
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