A ousada vida da Bossa Nova Bob Dylan

“A alegria é um ato de resistência” é uma frase escrita pelo poeta americano Toy Derricott, e embora Edles tenha sido recentemente sequestrado, ela se encaixa bem quando se considera o mestre brasileiro da bossa nova Chico Buarque. Artista prolífico vindo do Rio de Janeiro, Buarque passou a maior parte de sua carreira musical fugindo da ira da ditadura militar brasileira.

Durante a infância, filho do famoso sociólogo brasileiro Sergio Buarque de Hollanda, Chico passou a maior parte do tempo viajando pelo Brasil – e brevemente pela Itália. Ser um viajante mundial tão jovem deve ter impressionado o jovem músico, pois ele absorvia influências culturais por onde passava. Sua infância também foi marcada pelo amor pelos discos da bossa nova, principalmente Tom Jobim e João Gilberto.

A bossa nova surgiu no Rio na década de 1950 como um estilo mais lento de samba. Uma das melhores exportações musicais do Brasil, a música bossa nova rapidamente se espalhou pelo mundo, amada por sua batida distinta e som geralmente otimista. Chico Buarque pretende seguir os passos desses artistas da bossa nova, começando a tocar em festivais de música e programas de variedades na TV em meados da década de 1960. Após o lançamento de seu álbum de estreia autointitulado, Buarque tornou-se conhecido por seu lirismo inteligente e som cativante influenciado pela bossa nova.

Além do talento como compositor, Buarque descobriu sua criatividade na poesia e como dramaturgo. Escrevendo a peça Roda Viva Em 1968, o escritor tornou-se alvo do exército brasileiro. O governo do Brasil caiu em uma ditadura militar opressiva depois que um golpe de estado apoiado pelos EUA em 1964 trouxe um fim violento ao governo esquerdista de João Goulart. Artistas como Buarque rapidamente se tornaram alvos do regime militar, tanto que o compositor fugiu para a Itália em 1970.

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Ele retornou ao seu Brasil natal 18 meses depois e escreveu seu primeiro romance, que não recebeu o mesmo tratamento duro que havia recebido Roda Viva. Voltando à música, Buarque compôs uma série de canções de protesto, geralmente um tanto veladas, para enganar a censura militar. Sua música “Apesar de Você” (“Apesar de Você”, em inglês), que protestava contra o regime militar, inicialmente não atraiu a atenção dos militares, mas acabou sendo banida após vender mais de 100 mil cópias.

Em mais uma tentativa de driblar a censura militar, Buarque passou um breve período trabalhando sob nome falso, pois tudo o que gravasse e divulgasse sob o nome de Chico Buarque seria imediatamente censurado. Trabalhando sob o nome de “Julinho de Adelaide”, artista completo com história e discografia fabricadas, Buarque continuou a gravar hinos de protesto contra o regime militar, além de escrever peças de teatro. Calabarque compara a invasão holandesa do Brasil com a ditadura militar da época.

Chico permaneceu um artista prolífico e ativista político durante todo o regime militar do Brasil, que terminou em 1985 com a instalação de um governo civil, além de emprestar seus talentos para outras causas valiosas, como o fim da guerra na Nicarágua. O músico continua sendo elogiado como um dos artistas mais amados e bem-sucedidos do Brasil até hoje, e é respeitado nacionalmente por seu compromisso em protestar contra a tirania em seu país.

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