O Brasil alcançou um crescimento do produto interno bruto de 0,1 por cento no terceiro trimestre, anunciou o governo na terça-feira, à medida que o aumento das taxas de juros e uma desaceleração no principal setor agrícola prejudicavam a maior economia da América Latina.
O resultado foi melhor do que as expectativas dos analistas de uma contracção de 0,2 por cento, o que é um alívio para o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que procura relançar o crescimento económico.
O sector agrícola foi o principal impulsionador do abrandamento, registando uma contracção de 3,3 por cento em relação ao segundo trimestre.
Apesar da desaceleração do terceiro trimestre, os analistas esperam um crescimento do PIB de 2,84 por cento para 2023 e 1,5 por cento em 2024, num inquérito publicado pelo banco central na segunda-feira.
O veterano esquerdista Lula, que regressou ao cargo para um terceiro mandato em Janeiro, prometeu um crescimento económico “forte” de mais de três por cento.
Mas ele discordou do banco central sobre o que chamou de taxa de juros de referência “ridiculamente alta”, atualmente em 12,25 por cento, o que, segundo ele, está prejudicando a economia.
O banco aumentou as taxas de juros de forma agressiva para combater o aumento dos preços. Mas com a inflação anual agora em 4,82 por cento, o banco começou a cortar novamente as taxas de juro, com um corte de meio ponto percentual em cada uma das suas últimas três reuniões.