Vietnã insta Brasil a remover barreiras aos frutos do mar neste mercado

As exportações de pangasius vietnamitas para o Brasil nos primeiros dois meses deste ano aumentaram 42% ano a ano, atingindo 20 milhões de dólares americanos. – imagem VNA/VNS

HÀ NỘI — O Vietnã pediu ao Brasil que considerasse a remoção de barreiras aos produtos frutos do mar exportados do Vietnã para este mercado, de acordo com o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD).

O Brasil não permite a exportação de camarão inteiro congelado e ainda aplica padrões para aditivos e fosfatos para peixes trans (pangasius) que diferem daqueles do Office Internationale des Epidemiology (OIE), causando dificuldades para as exportações vietnamitas de frutos do mar.

Além disso, o Brasil suspendeu a importação de tilápia do Vietnã a partir de 14 de fevereiro deste ano, enquanto se aguarda o resultado da revisão do risco da doença TiLV.

Esta é uma barreira primária para os produtos vietnamitas de tilápia e também pode ser uma barreira para outros produtos de frutos do mar no Vietnã, como o pangasius, disse a Associação de Exportadores e Produtores de Frutos do Mar do Vietnã (VASEP). Esta decisão poderá representar vários desafios para as empresas vietnamitas no futuro.

Portanto, as empresas precisam ser mais cuidadosas na seleção de raças, bem como no controle de doenças, não só da tilápia, mas também dos peixes brancos, incluindo o pangasius, segundo a associação.

As exportações de pangasius vietnamitas para o Brasil nos primeiros dois meses deste ano aumentaram 42 por cento em termos anuais, atingindo 20 milhões de dólares, disse a VASEP.

O vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Phong Duc Tien, disse que o ministério encarregou o Departamento de Qualidade, Processamento e Desenvolvimento de Mercado de trabalhar com a embaixada brasileira nessas questões o mais rápido possível.

Em relação às barreiras de mercado para frutos do mar vietnamitas no mercado brasileiro, Le Ba Anh, vice-diretor do Departamento de Qualidade, Processamento e Desenvolvimento de Mercado, disse que o Brasil precisa considerar padrões de aditivos e fosfato e testes adicionais de conteúdo de pangasius local. Bem como requisitos de tratamento térmico para camarões exportados para o Brasil.

Devem ser alteradas porque estes regulamentos e normas diferem das práticas e regulamentos internacionais estabelecidos pela OIE da Organização Mundial de Saúde Animal.

O Vietnã também propôs ao Brasil alterar os procedimentos administrativos relacionados ao registro de rótulos de produtos e aprovar em breve a lista de empresas vietnamitas autorizadas a exportar produtos agrícolas para este mercado para atender às necessidades comerciais.

Em relação à decisão brasileira de interromper a importação de tilápia vietnamita, o Vietnã solicitou que os embarques que entram neste mercado antes da data da decisão continuem a ser importados normalmente.

Roberto Cerrone Perosa, vice-ministro do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), disse que o Brasil enviará ao Vietnã, por meio da Embaixada do Brasil no Vietnã, a lista de empresas vietnamitas autorizadas a exportar produtos agrícolas para o Brasil.

Perosa também confirmou que o desembaraço aduaneiro dos embarques de tilápia vietnamita para o Brasil realizados antes desta decisão ocorrerá normalmente.

Segundo o International Trade Center (ITC), o Vietnã continua sendo o maior fornecedor de pescados de carne branca para o Brasil. Dos quais, 90% dos frutos do mar exportados do Vietnã para o Brasil são pangasius. Além do pangasius, o Brasil importa uma pequena quantidade de tilápia do Vietnã. – Vicente

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