Uso de energia solar cresce em ritmo recorde no Brasil – MercoPress

Uso de energia solar cresce em ritmo recorde no Brasil

Seg, 26 de dezembro de 2022 – 10:14 UTC

Ele explica que, com mensalidades menores, o investimento se recupera em poucos anos
Ele explica que, com mensalidades menores, o investimento se recupera em poucos anos

A Agência Brasil informou neste domingo que a economia monetária em relação à eletricidade gerada por outras fontes chega a 90%, devido ao aumento do uso de energia solar no maior país da América do Sul.

A agência acrescentou que os dados foram divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Apsolar). A energia solar vem crescendo rapidamente no Brasil e ocupa o terceiro lugar na geração de energia, foi relatado.

O país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada para um recurso solar fotovoltaico. Desse total, 13 são usinas instaladas em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O restante corresponde a plantas de grande porte.

O número é considerado histórico pelo setor e, por isso, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início do ano que vem.

O presidente da Absolar, Rodrigo Sauaia, disse que o aumento dos reajustes nas contas de luz e a redução dos custos de instalação de painéis fotovoltaicos explicam o crescimento desse tipo de energia no país. A energia solar é um recurso limpo que não gera resíduos nem poluição. Segundo a Upsolar, essa energia evitou a emissão de cerca de 28 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na geração de eletricidade.

Os custos de instalação, no entanto, não são baixos. Para residências, o preço médio é de R$ 25 mil (cerca de R$ 4.725), e para indústrias chega a R$ 200 mil (cerca de R$ 37.785). Sauaia também destacou que esses valores devem cair em breve. Com contas mensais mais baixas, o investimento é pago em poucos anos.

Desde 2012, segundo a Absolar, a energia solar garantiu R$ 10 bilhões (cerca de US$ 1,9 bilhão) em novos investimentos no Brasil, além de 640 mil empregos.

Na mesma linha, o Banco do Brasil (BB) inaugurou neste mês quatro usinas solares, além de sete em seis estados. As novas usinas fotovoltaicas estão localizadas em Xique-Xique (Bahia), Rio Paranaíba (Minas Gerais), Loanda (Paraná) e Lins (São Paulo) e foram construídas pela empresa de energia EDP.

Segundo o BB, as novas usinas podem gerar até 23 megawatts de potência de ponta (MWp), que representa a capacidade máxima instalada em condições climáticas favoráveis, e vão gerar uma economia de R$ 102,5 milhões (cerca de US$ 19.836.396,30) em 15 anos.

As quatro usinas vão compensar o consumo de energia de 365 agências e farão com que o banco deixe de emitir anualmente cerca de 3.000 toneladas de gás carbônico na atmosfera.

Com as novas usinas, o BB já opera sete usinas solares. As duas primeiras abriram em 2020, em Porteirinhas (Minas Gerais), e em São Domingos de Araguaia (Pará). Outra fábrica foi inaugurada este ano em Naviraí (Mato Grosso do Sul).

O projeto continuará a se expandir nos próximos anos. O BB possui outras 22 usinas fotovoltaicas em fase de contratação ou em construção. Quando todas as 29 estações estiverem em operação, a energia gerada compensará o consumo de cerca de 1,4 mil ramais.

Em outubro, as duas primeiras usinas solares do BB ultrapassaram a marca de 30 GWh em geração de energia desde o início das operações. Isso é suficiente para abastecer uma cidade de 150.000 domicílios por um mês inteiro. A energia é produzida no modelo de geração distribuída, injetada no sistema da distribuidora local e cobrada como crédito na conta de luz do BB.

(Fonte: Agência Brasil)

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