Suprema Corte do Brasil se prepara para decidir a favor da recuperação do fundo Amazônia

BRASÍLIA (Reuters) – A Suprema Corte do Brasil deve pedir ao governo que reative um fundo internacional de US$ 1 bilhão destinado a proteger a floresta amazônica, enquanto o país enfrenta um desmatamento desenfreado, de acordo com um comunicado do tribunal nesta quinta-feira.

A maioria dos ministros do STF decidiu que o governo deve tomar providências em 60 dias para reativar o fundo Amazônia, que foi congelado em 2019 quando o governo do presidente Jair Bolsonaro decidiu mudar sua estrutura de gestão.

A Noruega pagou US$ 1,2 bilhão ao fundo entre 2008 e 2018, recursos destinados a financiar projetos de sustentabilidade e ajudar a reduzir o desmatamento na maior floresta tropical do mundo. A Alemanha também doou mais de US$ 68 milhões.

O fundo foi congelado depois que Bolsonaro assumiu o cargo em 2019 e enfraqueceu as medidas de proteção ambiental na Amazônia, argumentando que a agricultura comercial e a mineração são essenciais na região para reduzir a pobreza. O desmatamento aumentou desde então, impulsionado pela extração ilegal de madeira e mineração de ouro. Consulte Mais informação

Sete juízes do tribunal de 11 membros decidiram que as mudanças no formulário de governança do fundo eram inconstitucionais e decidiram trazer de volta o formulário anterior, de acordo com um comunicado no site do tribunal.

O caso continuará a ser julgado em 3 de novembro, quando se espera uma decisão final.

O governo não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

(Reportagem de Maria Carolina Marcelo) Edição de Kenneth Maxwell

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