Superávit comercial recorde do Brasil em março ficou abaixo das expectativas do mercado

Dados oficiais mostraram, hoje, sexta-feira, que o Brasil registrou superávit comercial recorde para o mês de março em US$ 7,4 bilhões, mas o valor ficou muito abaixo das expectativas do mercado em meio a expectativas de maiores exportações com preços mais altos de commodities.

Economistas esperavam um superávit de US$ 9,01 bilhões para o mês, segundo pesquisa da Reuters.

As exportações aumentaram 25% em relação a março do ano passado, para US$ 29,1 bilhões, um recorde para qualquer mês. O Ministério da Economia informou que as importações aumentaram mais 27,1%, para US$ 21,7 bilhões.

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De qualquer forma, os preços mais altos impulsionaram os resultados.

Enquanto o volume de produtos importados diminuiu 7,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, os preços aumentaram 29,5%. O volume de exportações aumentou 1,8%, enquanto os preços cresceram 17,2% em março.

No primeiro trimestre, o superávit comercial do Brasil foi de US$ 11,3 bilhões, ante US$ 8,1 bilhões no mesmo período do ano passado.

Para 2022, o Ministério da Economia atualizou sua previsão para um superávit comercial de US$ 111,6 bilhões, muito acima dos US$ 79,4 bilhões estimados anteriormente, devido ao aumento das mercadorias vendidas no exterior.

As previsões de exportação foram revisadas para atingir US$ 348,8 bilhões em 2022, em comparação com a previsão de janeiro de US$ 284,3 bilhões.

“O conflito entre a Rússia e a Ucrânia levou a preços mais altos e levou a expectativas de exportações mais altas”, disse Herlon Brandau, subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior.

O Brasil é um grande exportador de soja, minério de ferro, celulose, açúcar, carne bovina e petróleo bruto.

O ministério estimou que as importações totais chegarão a US$ 237,2 bilhões este ano, acima dos US$ 204,9 bilhões anteriormente.

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(Reportagem de Marcela Ayres; Edição de Chris Reese e Leslie Adler)

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