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29 Jun (Reuters) – Os altos preços dos combustíveis causados pela guerra na Ucrânia criaram uma emergência econômica no Brasil que justifica um pacote de ajuda para caminhoneiros autônomos, disse o senador por trás da proposta apoiada pelo governo na quarta-feira ao divulgar a medida.
O senador Fernando Bezerra disse que o aumento global dos preços da energia deu justificativa legal para ultrapassar o teto constitucional de gastos e entregar pagamentos aos caminhoneiros, um eleitorado fundamental para o presidente de direita Jair Bolsonaro, enquanto ele luta pela reeleição nas eleições de outubro.
Em entrevista coletiva, Bezerra disse que a emergência “não seria uma porta aberta para novos gastos”, acrescentando que a proposta teve apoio suficiente para ser votada na quarta-feira pelo Senado. Ainda requer aprovação da Câmara para passar.
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Bolsonaro está atrás do ex-presidente de esquerda Luis Inácio Lula da Silva nas pesquisas de opinião. Os eleitores estão irritados com a inflação de dois dígitos e o aumento dos custos de energia.
Além de 1.000 reais (US$ 192,38) em assistência a caminhoneiros, a proposta também busca aumentar o valor pago no programa de assistência social Auxilio Brasil e no vale-gás. No entanto, essas ações podem ser realizadas sem declarar estado de emergência.
Segundo Bezerra, o impacto total dos novos benefícios é de cerca de 38,75 bilhões de riais (US$ 7,5 bilhões), quase 9 bilhões de riais a mais do que a proposta original do governo.
Para sustentar esses novos gastos, Bezerra disse que o governo usará a receita extraordinária da privatização da Eletrobras (ELET6.SA) e dos dividendos pagos pelos credores governamentais Banco do Brasil (BBAS3.SA) e Caixa Econômica Federal.
Inicialmente, a proposta pretendia compensar os estados brasileiros que haviam concordado em extinguir o ICMS sobre os combustíveis, mas a ideia foi abandonada.
(1 dólar = 5,1981 riais)
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(Reportagem de Riccardo Brito) Escrito por Peter Frontini. Editado por Aurora Ellis
Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.