Escrito por Marcela Ayres e Jose Gomez Netto
BRASÍLIA / SÃO PAULO (Reuters) – O diretor de política monetária do Banco Central do Brasil, Bruno Serra, disse na sexta-feira que o banco espera que haja pressão para desvalorizar o real no ano que vem e discutiu intervenção no mercado de câmbio.
Serra disse que o banco vem interferindo no mercado de câmbio desde o final de setembro, já tendo vendido US $ 3,5 bilhões. Serra acredita que o principal motivo da desvalorização real da moeda na atualidade são os riscos que ameaçam a sustentabilidade financeira.
Ele também lembrou que, nos últimos dois anos, as empresas brasileiras pagaram a dívida externa, o que levou a uma redução dos níveis naturais de arrecadação. Serra espera que esse movimento termine no próximo ano com cerca de US $ 20 bilhões em fluxos anuais. Isso reduziria a pressão de desvalorização do rial.
Serra disse que os investidores brasileiros que enviam suas economias ao exterior para diversificar os investimentos também afetaram o mercado cambial. O diretor do Banco Central disse que os brasileiros enviam ao exterior cerca de 600 milhões de dólares por mês para investimentos, e o volume acumulado chega a 12 bilhões de dólares.
Serra também disse que espera que o real suba em relação ao dólar nos próximos meses, à medida que a liquidez melhore e os investidores comecem a lidar com diferenciais de taxas de juros mais altos após os recentes aumentos nas taxas de juros brasileiras para combater a inflação.
Separadamente, o banco central do Brasil disse na sexta-feira que ofereceria US $ 500 milhões em swaps de moeda em um leilão extraordinário na segunda-feira, metade do valor que estava oferecendo em vendas semelhantes nesta semana para sustentar o real.
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