Portugal continua a reduzir as emissões de gases com efeito de estufa

Referindo-se ao ano passado (2021), o Instituto Nacional de Estatística (INE) que as estimativas provisórias das emissões de gases com efeito de estufa apontam para uma descida de 1,3%, “mantendo a trajetória descendente desde 2017”.

O documento explica: “Esta evolução reflete sobretudo um aumento de 4,5% da eletricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis ​​(64,9% da eletricidade total), que mantém um crescimento consecutivo desde 2017.”

Tendo em conta a necessidade de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa devido ao aquecimento global (em Portugal, a temperatura média do ar aumentou em média 0,42 °C a partir de 1990 face à média de 1971-2000), o Instituto Nacional de Estatística indica que superou a meta de redução de gases de efeito estufa para 2020, menos 32,9% em relação a 2005 (a meta era de até 23%), embora a pandemia de Covid-19 tenha contribuído para esse valor.

Em 2021, dados do Instituto Nacional de Energia determinam que a diminuição das emissões de gases com efeito de estufa face a 2005 se deveu a uma aposta nas fontes de energia renováveis ​​(FER) para a produção de eletricidade.

Entre 2006 e 2021, a fusão de FER aumentou 31,3 pontos (64,9% em 2021), correspondendo a um aumento de 104,4% na eletricidade produzida a partir destas fontes. Esta evolução foi determinante para atingir a meta de 60% (59,6%) em 2020 definida no Plano Nacional de Energias Renováveis ​​(PNAER) para este ano, estando a meta para 2030 fixada em 80%”, refere o Instituto Nacional de Estatística, que destaca ainda a diminuição da dependência energética do exterior, de 88,8% em 2005 para 67,1% em 2021.

Outros dados que caracterizam ecologicamente 2021 indicam que em 2021, um ano quente e seco, a qualidade do ar em média 31% dos dias foi muito boa e 45,9% dos dias boa, e a maior parte da água do chuveiro foi classificada como significativa.

No domínio dos resíduos, registou-se um aumento dos resíduos urbanos em 2021 (embora o rácio entre resíduos urbanos e PIB tenha melhorado) e a gestão de resíduos afastou-se da meta de preparação para utilização e reciclagem, atingindo os 32%, ou seja, menos 23 pontos percentuais em relação à meta para 2025 (55%) e menos seis pontos percentuais em relação a 2020.

Do lado negativo, destaca-se o aumento da produção de resíduos setoriais (+20,4%), em parte devido ao crescimento económico e, em particular, ao crescimento do setor da construção (+39,5 mil milhões de euros de produção neste setor), com resíduos da construção aumentando 53,1%”, refere o Instituto Nacional de Estatística.

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