Polenização muito elevada em Portugal até pelo menos 20 de abril

De acordo com o boletim polínico da Sociedade Portuguesa de Alergia e Imunologia Clínica (SPAIC) divulgado ontem, os níveis atmosféricos de pólen vão estar muito elevados em Portugal Continental até pelo menos 20 de abril.

O secretário-geral da SPAIC disse que esta concentração elevada apresenta um “risco para as pessoas alérgicas a estes pólens” que podem desenvolver rinite alérgica, como espirros, lacrimejamento, queixas oculares, e eventualmente desenvolver asma.

“Não vai representar risco para toda a população”, disse Pedro Martins, mas apenas para quem tem alergia a este pólen.

Crianças e idosos com alergias “têm maior probabilidade de desenvolvê-las, mas o risco é incidental [to all those allergic to pollen]o que pode levar a uma exacerbação da doença e a idas aos serviços de emergência”, disse o imunologista.

Como recomendações práticas, face às elevadas concentrações esperadas, Pedro Martins aconselha as pessoas com alergias a usarem óculos de sol ao ar livre, a viajarem de carro com as janelas fechadas, a manterem fora do quarto as roupas usadas durante o dia e a evitarem ventilar a casa durante horários de maior concentração de pólen no ar, como madrugada, e usar capacete integral no caso de motociclistas.

“Se uma pessoa é alérgica ao pólen e sabe que tem queixas nesta altura da primavera, deve tomar o tratamento prescrito para controlar a sua doença e torná-la mais protetora para esta fase de alto pólen”, sublinhou o secretário-geral da SPAIC. .

Segundo ele, os “grandes picos” de concentração ocorrem entre meados de março e junho, quando o nível de pólen na atmosfera atinge valores que “podem gerar queixas muito perceptíveis”, mas níveis elevados também podem aparecer no outono.

De acordo com a previsão do SPAIC para a semana de 14 a 20 de abril, na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, o pólen é muito elevado e na atmosfera, dominado pelo pólen de pinheiro, sicômoro, carvalho e bétula. Também ervas aromáticas, frescos e urtigas.

em porto (zona do Entre Douro e Minho), predomina o pólen de pinheiros, carvalhos, bétulas, ervas daninhas, cangurus e urtigas, enquanto em Coimbra (Região da Beira Litoral), existe uma percentagem muito elevada de pólen de pinheiros, carvalhos, ervas daninhas, cangurus e urtigas.

O boletim também indica que em castelo branco (região da Beira interior), o pólen também é alto, e o pólen de pinheiros, carvalhos, ervas daninhas, cangurus, urtigas, bananas e azedas dominam a atmosfera.

O documento afirma que em Lisboa E SetúbalPredomina o pólen de pinheiro, oliveira, carvalho e outros carvalhos, bem como wallweed, urtiga e banana.

pólen prevalente em Alentejo, onde também seriam de esperar concentrações muito elevadas, provenientes da azinheira. No entanto, aparecem os primeiros grãos de oliveiras e ervas daninhas, walleye, urtigas, plátanos e azedas.

No Algarve, pólen de ciprestes, pinheiros, oliveiras, azinheiras e outros carvalhos, wallweed, urtiga, tanchagem, azeda e chenopodium. enquanto em Funchal (Madeira) f Ponta Delgada (Açores), as previsões do SPAIC referem-se a baixa concentração atmosférica.

Em 2002, foi criada a Rede Portuguesa de Aerobiologia (RPA), um serviço gratuito prestado pelo SPAIC que monitoriza pólen e esporos fúngicos na atmosfera a nível nacional e de forma contínua com potenciais implicações para a saúde humana.

O RPA resulta de uma colaboração entre investigadores e professores das Universidades de Évora, Madeira e Açores, e imunologistas de vários hospitais de todo o país.

Atualmente, o RPA é composto por nove estações ou centros de monitorização no Porto, Vila Real, Coimbra, Castelo Branco, Lisboa, Évora, Faro, Funchal e Ponta Delgada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *