‘O mundo precisa de calma’: exortou a Ucrânia a desistir da Crimeia por Lula brasileiro

O presidente brasileiro exortou a Ucrânia a desistir da Crimeia.

Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu na quinta-feira que a Ucrânia ceda a península do Mar Negro à Rússia para acabar com a guerra, acrescentando que seu homólogo ucraniano “não pode querer tudo”.

O presidente russo, Vladimir Putin, “não pode tomar o território da Ucrânia. Talvez a Crimeia seja discutida. Mas o que ele conquistou mais, ele tem que pensar”, disse Lula durante encontro com repórteres em Brasília.

“Zelensky também não quer tudo”, acrescentou. “O mundo precisa de calma… temos que encontrar uma solução.”

A Rússia anexou a Crimeia em 2014, em um movimento amplamente condenado como uma apropriação ilegal de terras.

Antes da conquista de Moscou em fevereiro, Kiev via os meios políticos e diplomáticos como a melhor maneira de trazer a península de volta ao seu controle. Isso mudou com a eclosão da guerra.

Até agora, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou-se a negociar com Moscou, insistindo que primeiro deveria retirar todas as suas forças da Ucrânia. Os aliados ocidentais, em particular o Reino Unido, apoiaram isso.

Muitos argumentos foram levantados contra a entrega da Crimeia pela Ucrânia, como o de que isso poderia encorajar a Rússia a lançar mais ataques e tomar mais território ucraniano.

A maioria dos ucranianos também se opõe à entrega da Crimeia.

a voto Em fevereiro e março, pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, 87% dos ucranianos consideraram inaceitáveis ​​quaisquer concessões territoriais para o estabelecimento da paz.

Ele revelou que 64% dos ucranianos querem que seu país tente recuperar todo o seu território, incluindo a Crimeia, “mesmo … se houver o perigo de uma guerra protegida”.

Apesar da obscuridade, o Lula brasileiro fez uma proposta para mediar o conflito com um grupo de países. Ele deve apresentar sua proposta ao presidente chinês, Xi Jinping, em Pequim na próxima semana.

Em março, a China também apresentou seu próprio plano de paz, que foi categoricamente rejeitado pela Ucrânia e pelo Ocidente.

O assessor de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, se encontrou com Putin e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, em Moscou no final de março. A chegada do presidente russo ao Brasil está prevista para 17 de abril.

Na quinta-feira, um conselheiro de Zelensky deu a entender que a Ucrânia pode estar disposta a discutir o futuro da Crimeia com Moscou se suas forças militares chegarem às fronteiras da península.

“Se conseguirmos alcançar nossos objetivos estratégicos no campo de batalha e quando estivermos na fronteira administrativa com a Crimeia, estaremos prontos para abrir uma página diplomática para discutir esta questão”, disse Andrei Sepiha, vice-chefe do Gabinete do Presidente no Cairo. Entrevista ao Financial Times.

Não está claro se essas declarações foram sinceras ou se foram uma manobra para enganar Moscou e fazê-lo acreditar que a próxima ofensiva de Kiev se concentraria no sul.

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