O estudo diz que se o Brasil embarcar no aumento da mineração da Amazônia, isso levará ao desmatamento

Uma vista aérea mostra um pedaço de terra desmatado da floresta amazônica em Manaus, estado do Amazonas, Brasil, em 8 de julho de 2022. REUTERS/Bruno Kelly

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São Paulo (Reuters) – A legalização da mineração em terras indígenas e outras áreas protegidas na floresta amazônica brasileira removerá novas árvores em milhares de quilômetros quadrados, segundo a Reuters. Um estudo publicado nesta quinta-feira.

O presidente de direita Jair Bolsonaro pediu nova mineração em áreas protegidas na floresta amazônica, argumentando que a mineração informal deve ser legalizada para ajudar a tirar a região da pobreza.

Os defensores da legalização argumentam que a indústria seria mais regulamentada e, assim, preservaria a cobertura da floresta tropical, mas os autores do estudo descobriram que esse não era o caso.

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O estudo mostrou que tais políticas colocariam em risco a maior floresta tropical do mundo, acelerando o desmatamento que alimenta as mudanças climáticas.

Publicado na revista Nature Sustainability, o estudo modelou o que aconteceria se dez áreas fossem abertas nos estados do Amapá e Pará para mineração, incluindo a Reserva Restrita Nacional do Cobre e Cia. (Renca), dois territórios indígenas e várias reservas naturais . Memoriza.

Isso permitirá que cerca de 242 depósitos minerais adicionais de ouro, cobre e outros minerais sejam extraídos, disse o estudo. Mas esse desenvolvimento também levará à remoção de cerca de 7.626 quilômetros quadrados (2.944 milhas quadradas) de florestas – uma área maior que o estado americano de Delaware – nos próximos 30 anos.

Os pesquisadores compararam isso com uma estimativa de 4.254 quilômetros quadrados de desmatamento se a proteção continuar em sua forma atual.

“O estudo quantifica a escala dos danos e o que pode acontecer se esse governo continuar promovendo a mineração em áreas protegidas”, disse Anne Alencar, diretora de ciências do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), que não participou da pesquisa.

As próprias minas criariam relativamente pouco desmatamento direto, mas a construção de novas estradas de acesso permitiria que madeireiros ilegais, encurtadores de terras e fazendeiros acessassem facilmente as partes relativamente intocadas da floresta.

O potencial de destruição seria maior se a mesma metodologia fosse aplicada em toda a região amazônica, segundo Juliana Sequeira Gay, engenheira ambiental e principal autora do estudo.

disse Siqueira-Gay, que conduziu o estudo na Universidade de São Paulo e atualmente está no Centro de Pesquisa em Sustentabilidade do Instituto Escolhas.

Philip Firenside, ecologista do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), disse que o estudo esclarece o debate político ao definir o que está em jogo, mas defende que os autores do estudo devem ir mais longe.

“Eu apenas diria ‘Não, não abra para mineração'”, disse Firenside.

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Preparado por Jake Spring. Editado por Aurora Ellis

Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.

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