BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil provavelmente acabará perfurando petróleo na margem tropical, mas a estatal Petrobras deve adotar uma abordagem “cautelosa” dada a necessidade de tomar precauções para proteger o meio ambiente, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse no domingo.
A margem equatorial tem cerca de 2.200 km (1.370 milhas) de origens em águas profundas e ultraprofundas ao longo da costa norte e nordeste do Brasil.
“Podemos precisar de petróleo da margem tropical, desde que a Petrobras tome precauções ambientais, e a Petrobras esteja totalmente preparada para considerar isso”, disse Haddad em entrevista à televisão.
“Lá é uma reserva de biodiversidade e temos que cuidar dela, tem recursos incríveis”, disse.
A Agência Brasileira do Meio Ambiente, Ibama, já havia se recusado a conceder à Petrobras licença para realizar estudos exploratórios na região. Disse que o estudo apresentado pela petrolífera e elaborado durante o último governo estava incompleto e não abordava muitas questões de protecção ambiental.
A Petrobras recorreu da decisão, mas o Ibama ainda não respondeu.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também disse em entrevista recente que a área poderia ser explorada.
“O Brasil não vai parar de olhar para a margem tropical”, disse ele durante viagem à Índia. “Se encontrar a riqueza que acredita estar lá, cabe ao Estado decidir se vai explorá-la ou não”.
Haddad também observou que a Petrobras anunciou recentemente investimentos no valor de 100 bilhões de riais (US$ 20,5 bilhões) em energia eólica.
($ 1 = 4,8679 riais)
(Reportagem de Lisandra Paraguaso) Escrito por Stephen Grattan. Editado por Edwina Gibbs
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