Ministro da Economia diz que teto de gastos do Brasil está mal construído – MercoPress

O ministro da economia do Brasil disse que o teto de gastos do Brasil é mal construído

Sábado, 19 de novembro de 2022 – 10:06 UTC

Guedes insistiu que qualquer recuo nas políticas atuais seria um erro
Guedes insistiu que qualquer recuo nas políticas atuais seria um erro

O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, reconheceu na sexta-feira a necessidade de romper o teto de gastos porque foi mal construído, mas insistiu que o teto de gastos federal continua sendo uma ferramenta necessária para garantir a estabilidade das contas públicas.

“Se tem lareira em casa, é bom ter chaminé. Telhado mal construído, se a casa pega fogo, todo mundo morre sufocado. O [spending] O telhado foi mal construído. Em 2019, viemos com a mentalidade ‘mais Brasil’ para repassar recursos aos estados e municípios, mas não conseguimos porque eles passaram pelo telhado, que está mal construído.” Aparição em evento comemorativo dos 30 anos da Secretaria de Política Econômica (SPE).

A administração cessante do presidente Jair Bolsonaro cortou o teto de gastos cinco vezes. A primeira foi em 2019, quando uma emenda constitucional permitiu que o governo retirasse do teto cerca de R$ 60 bilhões transferidos a estados e municípios após revisão onerosa das concessões. Em 2020, o teto foi novamente estourado pelo orçamento de guerra, que permitia pagamentos de ajuda emergencial e assistência aos governos locais nos primeiros meses da pandemia de COVID-19.

O teto foi perfurado mais três vezes. Em 2021, a Comissão Eleitoral de Emergência, que resultou no novo quadro financeiro, autorizou gastos de R$ 44 bilhões para custear o segundo turno do auxílio emergencial. Ainda no ano passado, a PEC dos Precatórios emitiu mais R$ 110 bilhões fora do teto: cerca de R$ 65 bilhões com a mudança na fórmula para corrigir o teto de gastos e cerca de R$ 45 bilhões com o diferimento de precatórios (dívidas reconhecidas pela Justiça).

Em julho deste ano, outra emenda constitucional aprovou R$ 41,2 bilhões para aumentar o subsídio do Brasil para R$ 600 e criar subsídios para taxistas e caminhoneiros.

Geddes disse ainda que há uma suposta incoerência entre as políticas sociais e a irresponsabilidade fiscal devido à incompetência técnica dos governos anteriores. Para ele, o atual governo aumentou os gastos sociais sem prejudicar as contas públicas.

“Lançamos o melhor programa social de todos os tempos, com responsabilidade financeira. Então, que história é essa sobre o conflito entre o social e o financeiro? Isso revela desconhecimento, desconhecimento técnico e incapacidade para resolver problemas”, sublinhou, reiterando que o país está “no caminho da prosperidade”. Disse ainda que seria um erro recuar nas actuais políticas económicas.

Sobre a fome no país, Geddes disse que o problema já existia antes e o atual governo “descobriu o invisível” ao criar o auxílio emergencial em 2020. O programa, que vigorou em 2020 e 2021, foi direcionado aos trabalhadores informais. Em vigor desde o final do ano passado, o Auxílio Brasil herdou a população-alvo do Bolsa Família.

O ministro também apresentou as conquistas econômicas do atual governo, com destaque para a implantação do Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central.

Além de Guedes, participaram do evento o ministro de Minas e Energia e ex-ministro da Política Econômica, Adolfo Sachsida. Presidente do Painel Consultivo Especial de Estudos Econômicos, Ruggero Boeri; e o secretário de Política Econômica, Pedro Calhman de Miranda. (Fonte: Agência Brasil)

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