Justiça brasileira multa empresas em US$ 50 milhões por colapso fatal

RIO DE JANEIRO (Reuters) – Um tribunal brasileiro multou executivos e empresas, incluindo a gigante francesa de transportes Alstom, em quase US$ 50 milhões pelo desabamento de um canteiro de obras do metrô em 2007, que matou sete pessoas, em decisão vista pela AFP.

Um juiz do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo ordenou na última sexta-feira que seis diretores da então empresa municipal de metrô e sete empresas envolvidas no projeto pagassem uma multa coletiva de 240 milhões de reais, ou cerca de 48 milhões de dólares americanos.

Ele descobriu que sua “má conduta administrativa” levou ao colapso.

A decisão recursal também proibiu os réus de trabalhar no setor público e impediu que empresas celebrassem contratos governamentais no Brasil por um período de cinco anos.

Trabalhadores estavam escavando na estação de metrô Pinheiros, na zona oeste da capital econômica do Brasil, quando um enorme buraco explodiu em 12 de janeiro de 2007, engolindo parte de uma estrada próxima. A borda da cratera causou um deslizamento de terra, matando pedestres e veículos e jogando toneladas de terra, asfalto e concreto por cima.

Mais de 90 edifícios na área tiveram que ser demolidos ou condenados.

Apesar dos sinais de fragilidade estrutural no local do túnel, “já tinham sido realizadas escavações no já frágil local e as estruturas de apoio necessárias não foram imediatamente instaladas”, escreveu o juiz Marcos de Lima Porta na sua decisão proferida na sexta-feira passada.

“Esta abordagem revelou-se não só perigosa, mas também negligente, colocando claramente o local em risco de colapso iminente.”

As empresas multadas incluem os gigantes brasileiros da construção e engenharia OAS (agora conhecido como Grupo Metha), Queiroz Galvão, Camargo Correa e CBPO, uma subsidiária da Odebrecht (agora conhecida como Novonor).

Nenhuma das empresas respondeu imediatamente aos pedidos de comentários. – Agência de imprensa francesa

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