Infraestrutura sustentável brasileira

Salma Ibrahim | Escritor colaborador

No dia 28 de novembro, foi realizado um painel de discussão no Graham Center que abordou os desafios do desenvolvimento sustentável e da exploração do potencial verde do Brasil.

Liderado pelo Instituto Brasil, este evento é possível graças aos esforços colaborativos do Instituto Brasil do Centro Wilson, do Programa de Excelência em Estudos Brasileiros da FIU e do Centro Kimberly Greene para a América Latina e o Caribe. O ponto focal do evento em Miami foi uma discussão abrangente sobre o potencial verde do Brasil e os complexos desafios associados ao desenvolvimento sustentável.

Moderado pelo Diretor do Centro Kimberley Greene para a América Latina e o Caribe, Anthony Pereira, ele abriu o discurso elogiando a dedicação histórica do Brasil à proteção ambiental, citando iniciativas como agências ambientais, participação em cúpulas internacionais e sede da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30). ) em 2025.

Apesar das críticas da mídia, observou-se que o Brasil ficou em 65º lugar no ranking global de sustentabilidade, ressaltando a necessidade de melhorias, apesar de ter uma rede elétrica limpa.

O vice-cônsul-geral do Brasil em Miami, Cristiano Franco Berbert, iniciou a introdução preparando o terreno para a conversa sobre as estratégias ambientais do Brasil e sua intersecção com os objetivos de desenvolvimento econômico, explicando que o Brasil tem leis ambientais rígidas, com 30% de seu território sendo legalmente Áreas protegidas. O que exige que os proprietários de terras na região amazônica preservem 80% de suas terras.

Cristiano Franco Perbert discute a aprovação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em 2015, ressaltando o compromisso do Brasil em erradicar a pobreza, alcançar a Fome Zero e atualizar sua Contribuição Nacionalmente Determinada para combater as mudanças climáticas.

“O Brasil agora está comprometido em reduzir as emissões em 48% em 2025 e 53% em 2030. Essas metas estão relacionadas às nossas emissões em 2005. “O Brasil confirmou seu compromisso de alcançar emissões líquidas zero até 2050”, disse Berbert.

Bruna Santos, Diretora do Instituto Brasil, ao demonstrar seus sentimentos em relação à parceria e também expressar suas impressões de honra em representar o Governo Brasileiro, expressou seu entusiasmo pela inovação e cooperação nesta fase com estimados colegas.

“O Brasil é um país do futuro. O futuro já existe, mas não está distribuído uniformemente”, disse Santos.

O palestrante traça paralelos entre o Brasil e os Estados Unidos no campo da inovação, da sustentabilidade e dos desafios do século 21, vislumbrando que ambos os países adotem formas de democracia mais flexíveis e eficientes para alcançar o progresso sustentável.

Apesar do otimismo cauteloso, o palestrante destacou as vicissitudes históricas vividas pelo Brasil, que chamou metaforicamente de “voo da galinha”, o que ressalta a necessidade de cautela. No geral, ela expressou a sua crença no potencial para um futuro sustentável e próspero para ambos os países, reconhecendo ao mesmo tempo a importância das lições aprendidas com o passado.

No Brasil, de acordo com o Banco Mundial, as conquistas recentes incluem um quadro de saneamento e reformas financeiras, mas os desafios permanecem, especialmente em infraestrutura e desigualdade. O foco nas receitas na reforma fiscal ignora o aspecto crucial dos gastos do governo.

Apesar dos grandes avanços nas iniciativas verdes, há uma necessidade urgente de abordar questões como o acesso limitado ao saneamento em áreas como o Pará, o que prejudica o potencial de uma economia verde. A falta generalizada de comodidades básicas, como o tratamento de águas residuais e o acesso a computadores, realça a exclusão digital e sublinha a importância de abordar as desigualdades para um futuro mais uniformemente distribuído.

“O Brasil está liderando o G20 este ano e vai se concentrar em muito do que estamos falando hoje e esse será o foco principal do Brasil”, disse Ricardo Zuniga, cofundador da Dinámica Americas, ao falar sobre a contribuição agrícola. E pesquise.

“Os Estados Unidos foram um dos primeiros colaboradores, um dos primeiros parceiros da Embrapa, e para os Estados Unidos isso é um sinal da importância dessa parceria”, disse ele, referindo-se à parceria de longa data com os Estados Unidos.

Ao responder à pergunta sobre fundos empresariais e pesquisa do PIB, Ronaldo Parente mencionou suas conclusões.

“Cinco empresas, incluindo uma brasileira, uma australiana e uma chinesa, comprometeram-se a investir 30 mil milhões de dólares no centro de hidrogénio.”

Ele também enfatizou que, apesar do processo de aprovação de três anos e das preocupações ambientais, o setor privado está resoluto.

“Eles não esperam. Se você esperar, leva 10 anos. As horas estão atrasadas”, disse ele. Em meio ao complexo cenário de negócios do Brasil, que é marcado por incertezas financeiras e jurídicas, “fazer negócios no Brasil é complicado, e pagar impostos é quase um aborrecimento.” “Loucura.”

À medida que o papel do Brasil na sustentabilidade global se torna cada vez mais importante, a Comissão Brasileira de Construção: Edição Miami serviu como uma plataforma para colaboração, troca de conhecimento e exploração coletiva de caminhos para um futuro mais verde.

Explorar soluções verdes no Brasil fomenta o otimismo colaborativo para o desenvolvimento sustentável, e o representante da Associação Brasileira de Estudantes concluiu seu discurso com as intenções de sustentabilidade do país. “A Embraer quer fornecer aeronaves com zero carbono para carga aérea e voos comerciais até 2030, o que é uma grande conquista, considerando que o Brasil é um dos maiores exportadores mundiais de bens e alimentos.”

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