Haroldo Borges no Guadalajara Paradiso Vencedor da Obra em Andamento ‘Saudade Fez Morada Aquí Dentro’

Como se a adolescência já não fosse difícil o suficiente, o novo recurso de Haroldo Borges, “Saudade fez morada aqui dentro” (“Saudade tornou-se o lar em casa”) segue a experiência dolorosa de um jovem adolescente brasileiro órfão de pai enfrentando uma doença ocular degenerativa que acabará deixar cara. cego.

À medida que sua visão se deteriora, ele também se encontra na confusão e na dor da adolescência, enquanto luta com seu desempenho e comportamento na escola e aprende em primeira mão a dor e a confusão do primeiro amor não correspondido.

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O filme foi rodado em um estilo quase documental, com muitas cenas, principalmente as do personagem principal interagindo com seu amigo mais próximo, seu irmão mais novo, como o cinema poderia ser. Qualquer pessoa que tenha crescido com um irmão da mesma idade reconhecerá esses pontos turísticos.

Esta semana, no Festival de Guadalajara, no México, “Saudade Became Home Inside” ganhou o prêmio Paradiso Work in Progress, que vem com um prêmio em dinheiro de US $ 10.000. O prêmio faz parte do programa Brasil no Mundo, instituído pelo Instituto Olga Rabinovich Projeto Paraíso, para aumentar a presença de filmes, séries e projetos brasileiros nos principais festivais e feiras internacionais do mundo.

O filme também ganhou um prêmio patrocinado pela Habanero para distribuição internacional no valor de 200.000 pesos ($ 37.000) e um prêmio HD Argentina para correção de cor no valor de 200.000 pesos ($ 37.000).

Este filme foi feito em um estilo muito naturalista, quase documentário. É assim que você originalmente imaginou o filme?

A câmera não é uma máquina para criar fotos, principalmente como eu pensava, lindas fotos. O fato é que a câmera foi apontada. É uma máquina de busca. Esses olhares revelam a subjetividade da pessoa por trás da câmera.

Depois que percebi isso, o documentário se tornou meu estilo favorito de fazer filmes. Mesmo quando trabalhamos com texto ficcional, estamos sempre desenvolvendo um espaço no qual as relações entre os personagens podem ser alteradas conforme escritas pelos personagens dos atores que lhes dão vida. Gosto de pensar no diretor mais como um treinador do que como um coreógrafo, alguém que está lá para motivar os personagens a alcançarem o que desejam com o máximo de energia possível, para trazer os atores a um nível de verdade, onde eles estão alertas e fundamentados no presente, porque nunca saberão de onde virá o golpe do oponente.

Existem muitas maneiras de saber a diferença entre documentário e ficção, mas adoramos o método poético! Na ficção, quando chove, as pessoas ficam desesperadas e começam a pensar em seu plano B. Nos documentários, quando chove, a oportunidade de fotografar chuva é desejável.

Quanto do que vemos na tela foi escrito e quanto foi improvisado?

Fizemos uma viagem ao interior da Bahia para encontrar nossos representantes. Conhecemos cerca de 1.300 meninos e meninas, e aqueles que estavam mais animados em fazer um filme foram convidados a participar de um laboratório criativo.

Desde o início tínhamos um roteiro com um enredo bem desenvolvido e estruturado, mas não o mostramos aos atores. A história toda foi passada a eles oralmente. O ponto é que eles não começaram a criar verbos sem experimentá-los primeiro. Queríamos que eles contribuíssem mais do que apenas o texto está escrito. Por meio dessa troca, pudemos desenhar cenas, aprender com elas, transformar textos e implantar elementos em realidade para que pudéssemos colher o que a realidade nos trouxe de volta.

Embarcamos nesta jornada aberta para aprender sobre a realidade, o lugar e as relações. E quando filmamos a última cena, não éramos as mesmas pessoas que começaram o filme.

Quais são as origens da história?

Há alguns anos, conhecemos um menino que tinha uma doença degenerativa que o deixava cego aos poucos. Ele não tinha ideia de quando isso aconteceria, mas sabia que chegaria o dia em que viveria na escuridão total. Então, quando o conhecemos, ele estava trabalhando para ver o mundo, para manter o máximo possível do mundo dentro dele, para que quando perdesse a visão, ele tivesse esse álbum de fotos imaginárias para voltar.

Daí nasceu a inspiração para “Saudade fez morada aqui dentro”. “Saudade” é aquela sensação que todos sentimos e que nos faz querer que o momento volte a acontecer, mesmo que saibamos que não é mais possível. Mas não é apenas tristeza. É agridoce. Esse momento não volta mais, mas podemos nos lembrar dele. E ao nos lembrarmos disso, encontramos as ferramentas para seguir em frente.

Além disso, essa história me atraiu pela forte semelhança com o Brasil hoje. Nosso país, como nosso herói, é cego. Agora você deve aprender a ver.

E agora? Você ganhou três prêmios em Guadalajara que deveriam ajudá-lo a terminar e gravar o filme.

Nossa experiência em Guadalajara foi incrível. Além de receber um prêmio WIP Paradiso de $ 10.000, também recebemos um Prêmio de Distribuição Habanero e um Prêmio HD Argentina por postar fotos. Esses prêmios são fundamentais para o futuro, especialmente quando somados aos incentivos que recebemos das outras três empresas das quais participamos este ano: WIP em Málaga, Bolivian Lab e Brazil CineMundi International Joint Meeting. Agora, “Saudade fez morada aqui dentro” conquistou 10 prêmios no mercado internacional, o que nos permite encerrar o filme este ano. Já estamos em negociações com distribuidores no Brasil e outras regiões e estamos muito animados para compartilhar o filme com o público. Estamos ansiosos para ficar perto deste filme e participar das discussões e abraços que vêm com ele. É assim que gostamos.

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