BRASÍLIA (Reuters) – O ministro da Economia do Brasil, Paulo Guedes, apresentará aos promotores e ao Supremo Tribunal Federal provas voluntárias de que não infringiu nenhuma lei ou teve conflito de interesses em relação a investimentos estrangeiros, informaram seus advogados nesta terça-feira.
A declaração vem depois que o nome de Guedes foi citado em reportagens de um consórcio de mídia que cobriu o chamado depósito de dados “Pandora Papers”, que levou a uma investigação preliminar por promotores brasileiros.
A investigação preliminar do Ministério Público Brasileiro (PGR) não indica a ocorrência de nenhum crime.
Os advogados de Guedes disseram que o ministro se retirou da gestão da empresa de investimento offshore Dreadnoughts em 2018, renunciando a qualquer envolvimento nas decisões financeiras da empresa. Acrescentaram que Guedes não movimentou dinheiro para o exterior desde que entrou para o governo.
O investimento offshore foi relatado pela primeira vez pela revista brasileira Piauí e pelo site de notícias El Pais Brasil, que faziam parte de um consórcio de mídia que peneirou mais de 11,9 milhões de registros, o que equivale a 2,94 terabytes de dados.
Os arquivos estão vinculados a cerca de 35 atuais e ex-líderes nacionais e a mais de 330 políticos e funcionários públicos em 91 países e territórios, disse o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), uma rede de repórteres e organizações de mídia com sede em Washington, DC . .
Ele não disse como os arquivos foram obtidos e a Reuters não pôde verificar de forma independente as alegações ou documentos fornecidos pelo consórcio.
(Reportagem de Maria Carolina Marcel) Escrita de Stephen Eisenhamer; Edição de Stephen Coates
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