EXCLUSIVO: Petrobras mira investimentos firmes em novo plano de negócios de cinco anos, diz CEO

RIO DE JANEIRO (Reuters) – A petrolífera estatal brasileira Petrobras (PETR4.SA) manterá seu investimento total em seu próximo plano de negócios 2024-2028, semelhante aos US$ 78 bilhões projetados em seu último plano quinquenal. disse o CEO Jean-Paul Pratis à Reuters na segunda-feira.

Ele disse que a Petrobras está se preparando para apresentar as atualizações de seu plano de negócios no próximo mês, incluindo um maior foco em energias renováveis, antes do anúncio final de seu próximo plano de cinco anos no final do ano.

Em entrevista ao escritório da Petrobras no Rio de Janeiro, Pratis disse que o valor dos investimentos do novo plano “não deve variar muito porque de ano para ano não dá para fazer muitos movimentos”.

No entanto, disse ele, os investidores não devem se acostumar com o enorme pagamento de dividendos que desfrutaram no ano passado, pois a política de dividendos da empresa será “ajustada” às realidades da empresa que investe no futuro.

Mesmo com um novo plano de negócios que destacará os planos da Petrobras para a transição energética, disse Prates, a empresa ainda está focada em seus pontos fortes na exploração offshore de petróleo, especialmente nos crescentes campos do “pré-sal” na costa brasileira.

“Claro que teremos um plano de investimentos importante com importância do pré-sal. Trata-se de uma petroleira offshore antes do sal, mas aos poucos ela vai se transformando”, afirmou.

A Prats também confirmou seu compromisso com a exploração perto da foz do rio Amazonas, uma área na costa norte do Brasil que a Petrobras vê como uma fronteira importante para a exploração de petróleo e gás. Em maio, a organização ambiental Ibama rejeitou um pedido da Petrobras para perfurar a área.

“Consideramos que mais cedo ou mais tarde conseguiremos a licença”, disse Britts, acrescentando que a empresa cumprirá todas as exigências de licenciamento e prazos estabelecidos pelo Ibama.

A Petrobras já recorreu da recusa do Ibama, mas não há prazo para uma decisão final.

“Não desistiremos de novas fronteiras a menos que recebamos um ‘não’ definitivo.”

Paralelamente, a Petrobras poderia expandir sua exploração no exterior para os vizinhos Guiana e Suriname na orla tropical, além da costa norte do Brasil, disse Pratiss. Outra opção, disse ele, é explorar partes da costa oeste africana que tenham semelhanças geológicas com os campos offshore brasileiros.

“Não podemos ser separados de ser uma empresa internacional”, disse ele.

Pratis também disse que o Brasil está empenhado em intensificar a cooperação com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), depois de ter se encontrado recentemente com o secretário-geral da Opep, Haitham Al-Ghais, em evento em Viena.

O CEO da Petrobras disse que o Brasil gostaria de estar mais envolvido nas discussões do grupo sobre os mercados de tecnologia e petróleo. Mas ressaltou que o país não tem interesse em se tornar membro da Opep ou participar de cotas de produção.

Reportagem adicional de Marta Nogueira e Rodrigo Vega Jare no Rio de Janeiro Roteiro de Peter Frontini Edição de Brad Haynes e Matthew Lewis

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