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São Paulo (Reuters) – Brasil e Paraguai vão retomar as negociações sobre os termos de venda de energia da usina hidrelétrica de Itaipu, o que pode abrir as portas para a binacional vender energia elétrica em mercados não regulamentados.
Em entrevista à Reuters, o gerente-geral brasileiro da Itaipu, Anatalesio Junior Risden, disse que as discussões sobre possíveis mudanças na atual estrutura de vendas ocorrem após a privatização do governo brasileiro da empresa de energia elétrica Eletrobras (ELET6.SA), que não está mais envolvida nas decisões sobre Itaipu.
Ele disse que a Itaipu atualmente vende 100% de sua capacidade no mercado regulado, e as vendas potenciais no espaço não regulado permitirão que ela opere como uma “empresa privada”.
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Nos termos atuais, Brasil e Paraguai têm direito a 50% da energia de Itaipu.
No caso do Brasil, é vendido em regime de cotas para distribuidores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Por outro lado, o Paraguai vende parte de sua energia para o Brasil, a um determinado preço, porque não consome tudo o que tem direito.
Em última análise, as discussões para mudar a estrutura de vendas terão como objetivo reduzir o custo da eletricidade, disse Risden, citando orientações fornecidas pelo ministro de Minas e Energia do Brasil, Adolfo Sacheda.
Esta semana, a Itaipu anunciou um acordo sobre preços de energia elétrica para venda até 2022. Decidiu reduzir o preço em 8,2% após nove meses de negação.
Com isso fora do caminho, disse o diretor, as discussões sobre modelos alternativos de venda de energia podem começar com o Paraguai.
Não há cronograma para a conclusão das negociações bilaterais, disse Risden, acrescentando que as partes discutirão seis cenários.
O Brasil possui dois mercados de energia: um mercado regulado, no qual os clientes residentes são atendidos principalmente por distribuidoras. Estes, por sua vez, compram energia por meio de leilões governamentais.
Em um mercado não regulamentado, os produtores de eletricidade podem negociar diretamente com geradores e revendedores.
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Reportagem de Letícia Fucuchima; Escrito por Anna Manu. Edição por Jonathan Otis e Margarita Choi
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