SÃO PAULO (Reuters) – O Banco do Brasil, controlado pelo Estado, retomou a venda de sua unidade de gestão de ativos conhecida como BB DTVM, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.
As fontes, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas, acrescentaram que o banco estatal disse às partes envolvidas que espera entregar ofertas vinculativas no próximo mês.
O Banco do Brasil não quis comentar.
A venda da gestora de recursos começou em 2019, sob a direção do ex-CEO Rubem Novaes.
Uma quarta fonte familiarizada com o assunto disse que o processo foi interrompido em fevereiro, depois que o Banco do Brasil considerou as propostas entregues muito baixas.
Desde então, Novaes saiu e o governo brasileiro nomeou um novo CEO para o banco, André Brandão. A BB DTVM é a maior gestora de ativos do Brasil e tinha cerca de 1 trilhão de reais (US$ 183 bilhões) em ativos sob gestão no ano passado.
Alguns dos maiores gestores de ativos do mundo, incluindo BlackRock Inc, Franklin Templeton Investments e Prudential Financial, manifestaram interesse em adquirir a BB DTVM no ano passado, segundo uma das fontes. Mas não está claro se todas as partes interessadas anteriormente vão agora fazer uma oferta.
BlackRock, Franklin Templeton e Prudential Financial não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
O Banco do Brasil pretende vender o controle de sua unidade e reprimir os rivais brasileiros, exigindo que os licitantes adquiram pelo menos US$ 500 bilhões em ativos sob gestão. Mas as pessoas acrescentaram que não está claro se os mesmos termos se aplicariam agora ou se o banco os mudaria para aumentar a concorrência.
(US$ 1 = 5,4666 riais)
Reportagem adicional de Tatiana Pautzer e Carolina Mandel em São Paulo; Reportagem adicional de David French em Nova York. Edição por Mateus Lewis