Exclusivo: Banco do Brasil retoma venda da gestora de recursos da BB DTVM – Fontes

SÃO PAULO (Reuters) – O Banco do Brasil, controlado pelo Estado, retomou a venda de sua unidade de gestão de ativos conhecida como BB DTVM, disseram três pessoas familiarizadas com o assunto nesta sexta-feira.

FOTO DO ARQUIVO: Um homem usando máscara facial e luvas passa pelo Banco Brasil durante o surto de doença por coronavírus (COVID-19) em São Paulo, Brasil, 24 de março de 2020. REUTERS/Amanda Pirobelli

As fontes, que pediram para não serem identificadas porque as discussões são privadas, acrescentaram que o banco estatal disse às partes envolvidas que espera entregar ofertas vinculativas no próximo mês.

O Banco do Brasil não quis comentar.

A venda da gestora de recursos começou em 2019, sob a direção do ex-CEO Rubem Novaes.

Uma quarta fonte familiarizada com o assunto disse que o processo foi interrompido em fevereiro, depois que o Banco do Brasil considerou as propostas entregues muito baixas.

Desde então, Novaes saiu e o governo brasileiro nomeou um novo CEO para o banco, André Brandão. A BB DTVM é a maior gestora de ativos do Brasil e tinha cerca de 1 trilhão de reais (US$ 183 bilhões) em ativos sob gestão no ano passado.

Alguns dos maiores gestores de ativos do mundo, incluindo BlackRock Inc, Franklin Templeton Investments e Prudential Financial, manifestaram interesse em adquirir a BB DTVM no ano passado, segundo uma das fontes. Mas não está claro se todas as partes interessadas anteriormente vão agora fazer uma oferta.

BlackRock, Franklin Templeton e Prudential Financial não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.

O Banco do Brasil pretende vender o controle de sua unidade e reprimir os rivais brasileiros, exigindo que os licitantes adquiram pelo menos US$ 500 bilhões em ativos sob gestão. Mas as pessoas acrescentaram que não está claro se os mesmos termos se aplicariam agora ou se o banco os mudaria para aumentar a concorrência.

(US$ 1 = 5,4666 riais)

Reportagem adicional de Tatiana Pautzer e Carolina Mandel em São Paulo; Reportagem adicional de David French em Nova York. Edição por Mateus Lewis

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