Documentário retrata os efeitos da “masculinidade desastrosa” de Bolsonaro no Brasil

Um novo documentário dos cineastas Fernando Grostin E Fernando Sequeira Mostra duas realidades paralelas: a masculinidade tóxica do presidente brasileiro Jair Bolsonaro e seus efeitos desastrosos no país, bem como a inocência da infância e adolescência de Grostin. Intitulado Quebrando Mitos (Desmistificando Mitos, em inglês), o filme já alcançou quase um milhão de visualizações. no YouTube Desde a sua estreia em setembro.

Kibrando Mitos aborda os elementos que ajudaram Bolsonaro a chegar à presidência em 2018. Desinformações circulando nas redes sociais buscavam retratá-lo como um “campeão” dos valores morais, e ele contou com o apoio de representantes evangélicos no Congresso. Bolsonaro também discutiu regularmente a proteção da chamada unidade familiar tradicional.

Grosten dirigiu o documentário de 2011 Quebrando ou TabuEle é o fundador da Accounts at Twitter E Facebook com o mesmo nome. Alvo frequente de ameaças de morte devido a suas opiniões políticas e defesa de comunidades marginalizadas no Brasil, Grosten fugiu do país em 2018.

“masculinidade desastrosa”

O roteirista disse que a decisão de usar a expressão “masculinidade desastrosa” ao longo do documentário transmite egoísmo de quem acredita que seus desejos devem ser sempre atendidos, mesmo que às custas de outrem. Carol Peirce. “Isso é um perigo para a democracia e para a nossa existência, pois considera o meio ambiente como sua posse infinita.”

O filme aborda a misoginia comum na religião, espaços antiambientais, política e grupos paramilitares ou milícias no Brasil. Ele também revela o caso do presidente e declara seu apoio ao miliciano Adriano da Nóbrega, cuja mãe e esposa serviram no gabinete de Flávio Bolsonaro, um dos filhos do presidente.

No documentário, o deputado Marcelo Frixo alegou que milícias mataram o vereador Mariel Franco, que lutava contra grupos paramilitares no Rio de Janeiro. O filme questiona a relação do presidente Bolsonaro com Elsio Queiroz, um dos condenados pelo assassinato de Franco. Queiroz visitou apartamento de Bolsonaro mesmo dia Franco foi morto. O policial aposentado Ronnie Lisa, também condenado pelo assassinato, morava no mesmo apartamento de Bolsonaro.

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De acordo com o documentário, pessoas ligadas à família de Bolsonaro postaram informações falsas sobre Franco nas redes sociais um dia após seu assassinato.

personagem questionável

Perez foi convidada por Grostin e Sequeira para escrever o roteiro, o que se deve em grande parte ao seu podcast “Retrato Narrado”, no qual ela se aprofunda no pensamento de Bolsonaro e analisa como ele se tornou uma figura tão polêmica. “Enquanto ele era loiro de olhos azuis, ele não fazia parte da elite de sua cidade natal. Ele estava naquele limbo e então começou a desenvolver seu descontentamento social.” Perez já foi roteirista.beira da democraciaIndicado para Melhor Documentário no Oscar 2020.

Cobrando Mitos discute como a mídia no Brasil forneceu uma plataforma para declarações controversas feitas por Bolsonaro. Ex-Secretário de Imprensa do Presidente: “A imprensa publicava qualquer bobagem que disséssemos e depois publicávamos” Waldir Ferraz Ele diz no documentário. “Esse cara é um charlatão. Foi a imprensa que levou o Bolsonaro [into the Presidency]. ”

O filme traz entrevistas com lideranças indígenas e quilombolas. “[The government] É tudo sobre lucro. “Esse lucro está destruindo o meio ambiente”, disse a cacique Teresa Arabeum, da aldeia de Andera, no estado do Pará, no norte do Brasil.

Políticos influentes como o deputado Marcelo Frixo e o ex-presidente Fernando Enrique Cardoso também falaram sobre o impacto das decisões de Bolsonaro em questões relacionadas ao meio ambiente, sociedade civil e comunidades marginalizadas. O ex-congressista Jan Willis se pronunciou sobre os ataques públicos anti-gays de Bolsonaro. “Não existe essa história de Bolsonaro e eu. Existe uma história de Bolsonaro percebendo como a homofobia é um nicho para ele ampliar seus laços eleitorais.”

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Ao saber do lançamento do documentário, Eduardo Bolsonaro, um dos filhos de Bolsonaro, disse: Twitter que seu pai é “inabalável” e “indomável”. Recentemente, em discurso durante as comemorações do Dia da Independência do Brasil, em 7 de setembro, o presidente começou a entoar “contra a frouxidão”. Comentando isso, Peres relembra o número de mortes atribuídas a Bolsonaro devido à sua resposta ao COVID-19 e ao desmatamento da Amazônia. “Se ele desencadear a morte, posso imaginar que ele já é à prova de frio.”

Quando se trata do comportamento típico de assédio do presidente, que visa especificamente jornalistas do sexo feminino, Peres disse que vem sendo atacada por apoiadores de Bolsonaro por causa das opiniões que publica no Twitter e seu trabalho com o New York Times, Folha de São Paulo e Folha de São Paulo. Produzindo o Limite da Democracia.

Desde o lançamento do Quebrando Mitos, o número de ataques contra ele aumentou. “Desde que o Fernando disse que o filme estava chegando, eu senti essa nova onda de comentários agressivos na minha conta do Instagram. Eu faço o que é melhor em uma situação como esta: bloquear, denunciar e não responder.”


Imagem principal: Captura de tela do site Debunking Myths.

Este artigo foi Postado originalmente On International Journalists Network (IJNet) Traduzido por Priscila Brito.

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