Diálogos entre Arquitetura e Contexto: Conhecendo a Obra do Brazil Arquitura
Nada é mais representativo de um escritório do que ter o nome do país em sua identidade. Longe de soar clichê, a arquitetura brasileira está em Brasil Arquitetura Passa por uma análise abrangente que destaca aspectos da cultura e da sociedade brasileira.
Este escritório de São Paulo, liderado pelos dois sócios fundadores, Francisco Vannucci E a Marcelo Ferrazde Minas Gerais, originado em 1979. Colegas de faculdade engenharia geral e Reconstrução da Universidade de São Paulo (FAU-USP), juntamente com Marcelo Suzuki, sócio até 1995, integram a empresa suas trajetórias marcadas, desde o início, pela ditadura militar, vigente nas décadas de 60 e 70 – a época em que o trio ainda não estava na formatura. Nesse período turbulento da história do país, muito do caráter humano se manifestou, mais tarde em Brasil Arquitetura projetos surgiram.
Outro marco na trajetória do grupo que merece destaque é a estreita relação que Marcelo Ferraz desenvolveu com o arquiteto Lina Bo Bardi. colaboração de Marcelo Cesc Pompeia (1977) como estagiário e, após concluir a graduação, continuou no canteiro de obras do complexo, tornando-se um dos principais colaboradores de Lina até o fim de sua vida. Nesse ínterim, participaram de alguns dos projetos mais celebrados do arquiteto, como os concursos para a requalificação do Vale do Anhangabaú (1981) e o Pavilhão Brasileiro na Exposição Mundial de Sevilha (1991), em colaboração com Fanucci, em além do projeto do Museu de Arte Moderna de São Paulo (1982) e revitalização do centro histórico de El Salvador (1986-1990).
A convivência com Lina foi fundamental para a formação da identidade do escritório, e é possível perceber em muitos de seus projetos o apreço por uma perspectiva antropológica, principalmente quando se trata de trabalhar com patrimônio arquitetônico. Além disso, o olhar do arquiteto, sempre interessado em métodos de projeto, novos usos para materiais tradicionais e para a própria cultura do país, permanece até hoje através dos projetos da Brasil Arquitetura.
Nas últimas décadas, o escritório conquistou reconhecimento internacional por projetos que envolvem intervenções em edifícios pré-existentes, como Museu Rodin da Bahia (2006) e museu do pão No Rio Grande do Sul (2007). Nelas é possível perceber as importantes diretrizes que norteiam o trabalho do escritório como “a capacidade de olhar para o passado e para o futuro” em busca de uma relação novo/existente em implementação; A “aspecto antropológico” analisado no programa arquitectónico e o “rigor técnico” com que o sistema construtivo é concebido.
Mesmo atingindo diferentes regiões do país e do mundo, o respeito e o diálogo com a cultura local estão sempre presentes nos projetos da empresa. Como dizem os próprios arquitetos, sua arquitetura é baseada em uma profunda conexão com os fundamentos culturais de cada lugar e seus heróis. Canibais como eles, digerem alimento intelectual, espiritual e poético para sugerir suas intervenções.
De acordo com o pesquisador Audrey AnticoliOs projetos da Brasil Arquitetura têm seis pontos principais: práticas de política de design; comunicar através do contexto (físico, social e econômico); a distinção em tratar cada projeto como único; responsabilidade ética quanto aos resultados de suas propostas; essencialismo no interesse pelo essencialismo como fundamental/essencial; e brasileira no sentido de querer vincular produções de escritório com uma essência brasileiríssima.
Para além dos projetos de arquitetura, refira-se que, paralelamente, os sócios criaram a Marcenaria Baraúna – outro nome representativo, uma vez que se refere à árvore típica do norte e nordeste do país. Através da carpintaria, os arquitectos criaram um campo de experimentação com inúmeros móveis de madeira de design exclusivo.
em seu curso, Brasil Arquitetura Ganhou prêmios nacionais e internacionais e foi desenhado em diferentes partes do mundo, mas mantém suas raízes na cultura do país que leva seu nome.
Confira uma seleção de projetos de Brasil Arquitetura menos.