CBA do Brasil e Reservas Votorantim emitem primeiros créditos de carbono do bioma Cerrado Por Reuters

© Reuters. FOTO DE ARQUIVO: Uma floresta no bioma Cerrado em Nova Zavantina, Mato Grosso, Brasil, em 28 de julho de 2021. Foto tirada em 28 de julho de 2021 REUTERS/Amanda Perubelli

Por Anna Mano

São Paulo (Reuters) – A produtora brasileira de alumínio Companhia Brasileira de Alumínio e desenvolvedora do projeto de economia verde Reservas Futurantem disse nesta terça-feira que emitirá os primeiros créditos de carbono na América Latina a partir do bioma Cerrado.

A Reservas Votorantim certificou uma área de 11.500 hectares no estado de Goiás, onde pode gerar cerca de 50.000 créditos de carbono anualmente.

As empresas disseram que a emissão de créditos de carbono em áreas de conservação no Cerrado, o segundo maior ecossistema do Brasil depois da Amazônia (NASDAQ:), é inédita.

Cerca de 316.000 créditos foram emitidos e serão leiloados. As propostas podem ser enviadas até o final de setembro. Cada crédito equivale a uma tonelada de emissões de carbono economizadas.

As duas empresas disseram que a venda deste primeiro lote de créditos pode gerar cerca de US$ 5 milhões em receita.

Eles basearam o cálculo no valor das vendas de créditos de carbono liberados do bioma Amazônia, que varia de US$ 10 a US$ 18 por tonelada.

No entanto, para os créditos emitidos pelas propriedades ameaçadas do Cerrado, o valor deve subir para atrair os agricultores a preservá-los.

David Canasa, diretor da Reservas Votorantim, disse que vê US$ 40 a tonelada como o “valor de equilíbrio”, ou o nível em que os agricultores serão efetivamente compensados ​​por manter árvores em vez de cultivar soja no Cerrado.

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De acordo com a Lei Florestal Brasileira de 2012, os agricultores são obrigados a conservar 35% da área de sua propriedade naquele bioma e 80% se a fazenda estiver na Amazônia.

A savana do Cerrado, principal cinturão de grãos do Brasil, está sendo destruída mais rapidamente do que a floresta amazônica vizinha, de acordo com o WWF.

A ERA, uma das empresas que realiza leilões de créditos de carbono no Cerrado, está tentando persuadir agricultores em mais de 30.000 hectares do Cerrado a entrar no mercado como forma de diversificar sua receita, embora o cultivo comercial ainda seja atraente lá.

“O alto rendimento da soja é uma competição direta”, disse a CEO da ERA, Hannah Simmons, em entrevista.

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