BNDES busca desenvolver modelo de financiamento de projetos sem recurso no Brasil

O Banco de Desenvolvimento BNDES, estatal, promoverá o modelo de financiamento de projetos sem recursos no Brasil e busca atrair bancos comerciais para esta iniciativa.

“Estamos muito atrasados ​​no desenvolvimento desse tipo de operação mesmo em comparação com países da região, como Chile ou México. Faz parte do core business do banco aumentar a escala desse tipo de operação”, disse o Banco BNDES. Presidente Gustavo Montezano (foto) respondendo a uma pergunta da BNamericas durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre.

“A entrada de bancos comerciais no setor privado, bem como de partidos multilaterais, será muito importante para apoiar o progresso desse método”, disse Montezzano.

Embora o financiamento sem recurso seja comum em todo o mundo, os projetos brasileiros são financiados principalmente sob o modelo de recurso limitado.

Nesse modelo, as garantias corporativas são exigidas dos acionistas, reduzindo o número de projetos que podem ser viabilizados e dando vantagem às grandes empresas.

“Durante as gestões do Partido dos Trabalhadores do Brasil [between 2003 and mid-2016] Este tipo de operação foi descontinuado por vários motivos e foi promovido outro tipo de modelo de financiamento. Por muito tempo, governos anteriores e o BNDES optaram por direcionar as atividades de financiamento para empresas específicas em vez de projetos específicos, disse Oscar Malvesi, consultor de negócios e especialista em financiamento de projetos, à BNamericas.

O modelo de financiamento de projetos sem recurso oferece flexibilidade para empresas de infraestrutura de todos os tamanhos, criando mais projetos, disse Malvese, que também leciona no think tank local da Fundação Getulio Vargas.

acordos de financiamento

Em um acordo de cofinanciamento com o Banco do Nordeste do Brasil, o BNDES no início da semana concordou em facilitar o financiamento de um projeto sem recurso de 1,80 bilhão de reais (US$ 350 milhões) para o grupo aeroportuário espanhol Aena. A Aina usará essa linha para financiar investimentos em seis aeroportos que operam no nordeste do Brasil.

Em janeiro, o BNDES concordou com uma linha de recurso de OMR 200 milhões para a concessionária de rodovias Via Brasil MT 100 Concessionária de Rodovias.

Possível privatização da Petrobras

A ideia de privatizar a petrolífera nacional Petrobras surgiu novamente devido à recente nomeação de Adolfo Sacheda como novo ministro de Minas e Energia. Sachida está entre os funcionários do governo que apoiam a privatização da Petrobras.

Montezzano disse que a privatização de uma empresa gigante como a Petrobras seria um processo muito longo.

“O BNDES, que é o banco federal que será responsável por avaliar o modelo de privatização, não foi formalmente procurado pelo governo para essa tarefa. Mas, para servir de orientação, o processo de modelagem de privatização mais rápido no BNDES levou 15 meses”, disse. disse Montezano, sem revelar a que privatização específica se referia.

Privatização da ELETROBRAS

Em relação à privatização do poder pela Eletrobras, que aguarda a aprovação final do Tribunal de Contas da União (TCU), o presidente do BNDES disse que o cronograma é apertado e o melhor cenário é fazer as ações em circulação até o início de julho.

“Durante as férias de verão do hemisfério norte, entre a segunda quinzena de julho e os primeiros dias de setembro, é muito difícil realizar qualquer venda de ações porque a liquidez nos mercados de capitais internacionais é baixa”, disse Montezzano.

Pontuação do primeiro trimestre

O BNDES reportou um lucro líquido de 12,9 bilhões de riais no primeiro trimestre, um aumento de 32% em relação ao ano anterior.

O banco disse que o principal fator por trás do forte aumento foram os ganhos únicos de um processo em andamento de venda de suas ações em várias grandes empresas.

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