BRASÍLIA (Reuters) – O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira que não é verdade que os bancos estão perdendo dinheiro com o sistema de pagamentos instantâneos Bex lançado por formuladores de políticas no final de 2020.
Falando em um evento organizado pelo grupo brasileiro de lobby bancário Febraban, ele reconheceu que o Pix impactou a receita até certo ponto, já que os bancos no passado cobravam das pessoas taxas de transferência, enquanto o Pix é gratuito. Por outro lado, introduz novos serviços, aumenta o volume de transações e reduz os custos de caixa para os bancos, disse Campos Neto.
A plataforma, que é de propriedade do Banco Central do Brasil, tem sido um grande sucesso no país e ganhou aplausos internacionais. Recentemente, ultrapassou o volume de transações com cartões de crédito e débito do país.
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Campos Neto disse que os presidentes de bancos centrais de outros países perguntaram como o Pix está sendo implementado, citando-os dizendo que seus bancos locais nunca cooperarão.
“No Brasil, eles colaboraram e é por isso que temos o Pix. Os bancos perceberam que, no final das contas, é um modelo ganha-ganha.”
O presidente Jair Bolsonaro criticou recentemente o apoio de Verapan a declarações em defesa das instituições democráticas, dizendo que os bancos não estão satisfeitos com o Pix.
Falando sobre o modelo CBDC que está sendo desenvolvido no Brasil, Campos Neto disse que gostaria de vê-lo funcionando em 2024.
De acordo com o presidente do Banco Central, a CBDC brasileira vai promover novos negócios e permitir interações entre fundos físicos e digitais, o que levará os bancos a começarem a olhar os balanços na forma de tokens.
“Nossa moeda digital do banco central nada mais é do que um depósito simbólico”, disse ele.
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(Relatório Marcela Ayres). Edição por Rosalba O’Brien e Josie Cao
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